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Defesa critica indiciamento de enfermeira por constranger a filha

18 de janeiro de 2012
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Animal foi agredido até a morte (Foto: Reprodução/Youtube)

O advogado da enfermeira de 22 anos suspeita de agredir e matar um cachorro da raça yorkshire criticou, nesta quarta-feira (18), a decisão da Polícia Civil de indiciar a mulherpor constrangimento da filha. A menina, na época com 1 ano e 6 meses, assistiu às cenas de agressão ao yorkshire.
“O laudo psicológico deu a entender que a criança tem muito apego à mãe e não demonstrou nenhum abalo aparente por causa das cenas presenciadas”, argumentou o defensor Gilson Saad. Segundo ele, não há prova técnica para a acusação.
Em entrevista ao G1 do Distrito Federal, a delegada Renata Brandimarte, da 2ª Delegacia Policial de Formosa, disse que o laudo psicológico a respeito do impacto das cenas de agressão sobre a filha da enfermeira não foi conclusivo. “A informação é que é difícil analisar uma criança tão pequena, de 1 ano e 6 meses. A avaliação é mais precisa a partir dos 3 anos”, explicou.
Nesta semana, a delegada concluiu o inquérito. A enfermeira será indiciada por maus-tratos ao animal, além de constrangimento da filha. O resultado da diligência deve ser encaminhado ao Ministério Público de Goiás na próxima semana.
Sobre o indiciamento por maus-tratos, Saad disse que já era esperado. Ele informou que vai aguardar a promotoria se manifestar para prosseguir com a defesa.

Mudança

A enfermeira de 22 anos, suspeita de agredir e matar o próprio animal, tenta reconstruir a vida longe de Formosa, no Entorno do DF, onde ocorreu o crime em novembro do ano passado. Sem especificar a cidade, o advogado Gilson Saad disse que ela, o marido e a filha moram atualmente na Região Metropolitana de Goiânia.
De acordo com o advogado, a permanência da família em Formosa já não estava boa, por causa da comoção popular com o caso. Manifestantes chegaram a tentar apedrejar o prédio onde a família morava e tiveram de ser contidos pela Polícia Militar.
A situação ficou ainda mais difícil depois que a prefeitura da cidade não renovou o contrato com o marido da suspeita. Ele atuava como médico em uma das unidades de saúde do município. Quando conseguiu emprego em uma cidade perto de Goiânia, a família se mudou.
Segundo Saad, desde que teve os números de telefone divulgados na internet, a enfermeira decidiu não ter celular. Por esse motivo, o defensor não teria tanto contato com a cliente. “Ela está bem, aguardando o desenrolar do caso”, diz Saad.
Fonte: G1

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