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Defensores dos animais chineses fazem campanha contra consumo de carne de tubarão

12 de novembro de 2011
2 min. de leitura
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Por Natalia Cesana (da Redação)

Protesto reuniu centenas em Hong Kong, na China / Dale de La Rey/AFP

Muitos casais escolheram se casar na data de 11/11/11. Na China, muitos optaram também por escolher o tradicional prato de barbatana de tubarão para a festa. É justamente  esse tipo de cardápio que os defensores dos direitos animais têm combatido e já estão conseguindo os primeiros resultados positivos. As informações são do jornal italiano Lastampa.

O mercado mais lucrativo de barbatana é o de Hong Kong, não por acaso uma das cidades mais ricas e dinâmicas. O prato à base de tubarão não apenas é considerado uma iguaria, mas indicador de status, prosperidade e riqueza conquistadas com muito esforço. Desde o reinado da Dinastia Song, no século X, o cardápio era uma prerrogativa das famílias ricas, mas apenas em 1970 é que se tornou algo acessível para a classe média.

Só os habitantes de Hong Kong consomem 80% de todas as vendas mundiais de barbatanas. Os países fornecedores são mais de 100, mas a Espanha é um dos principais. De acordo com um relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), em 2006 foi registrado o consumo de 10 mil toneladas, movimentando quase US$ 300 milhões.

Mas exatamente neste 11/11/11 que a batalha dos defensores dos animais conseguiu seu primeiro êxito. É claro que a maioria dos casais não quis desistir do tradicional prato, mas muitos hotéis decidiram oferecer descontos sobre o menu, diárias mais baratas e outros incentivos a quem optasse por não servir barbatanas de tubarão durante a festa de casamento.

A tradição chinesa tem uma influência muito forte na culinária e não será fácil diminuir o consumo da carne de tubarão a curto prazo, mas a estratégia do desconto parece ter se mostrado vencedora.

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