(da Redação)
O juiz Keith Cutler da Winchester Crown Court, no sul da Inglaterra, enviou cinco ativistas britânicos pelos direitos animais à prisão porque fizeram uma campanha de intimidação contra empresas vinculadas ao laboratório de experimentação animal Huntingdon Life Sciences (HLS).
Os defensores de animais foram condenados a cumprirem penas entre 15 meses e 6 anos. Sarah Whitehead, 53 anos, Nicole Vosper, 22 anos, Thomas Harris, 27, Jason Mullan, 32, Nicola Tapping, 29, e Fitzpatrick Alfie, 21, são membros da Stop Huntingdon Animal Cruelty (SHAC), organização que vem travando uma longa campanha contra os cruéis experimentos feitos com animais no laboratório HLS.
Fitzpatrick Alfie, o mais jovem do grupo, recebeu uma sentença de prisão que foi substituída por 100 horas de trabalhos comunitários.
Segundo a acusação, os ativistas difamaram em panfletos e pichações dirigentes das empresas fornecedoras do laboratório HLS. A intimidação só iria parar, segundo os membros da SHAC, quando as empresas cortassem a ligação comercial com o laboratório. Com a ação, eles provocaram um grande aumento nos custos com segurança das empresas, na ordem de £ 12,6 milhões.
“A ação foi tomada a fim de causar sofrimento e aterrorizar, e foram bem-sucedidas”, disse o juiz Cutler. E finalizou com uma afirmação de outro juiz: “Vocês não vão para a prisão por expressar suas crenças, vocês estão indo para a prisão porque cometeram um crime grave.”
O inspetor-chefe, Andy Robbins, da Polícia de Kent, que comandou a operação, disse: “As sentenças passadas hoje são um reflexo de montagem da intimidação sistemática e implacável. Essas táticas não têm lugar numa sociedade democrática e em nada refletem os protestos pacíficos realizados pela grande maioria dos defensores do bem-estar animal.