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Defensores de animais pedem fim aos maus-tratos a cavalos

11 de dezembro de 2013
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Na Praça, defensores registram mensagens de apoio à luta contra maus-tratos de animais. (Foto: Cido Costa)
Na Praça, defensores registram mensagens de apoio à luta contra maus-tratos de animais
(Foto: Cido Costa)

Defensores de animais em Dourados iniciam uma nova luta contra maus-tratos. Depois de um documento com quase dez mil assinaturas a fim de pedir a construção de um hospital público para animais na cidade, agora os defensores pedem maior atenção do poder público sobre os animais explorados em veículos de tração.

Último levantamento realizado no município mostra que há pelo menos 200 deles ‘trabalhando’ na cidade, a maioria para carregar entulhos em geral e de jardinagem. Como forma de pedir rigor com fiscalização para combater o excesso de peso em cargas e proibir a utilização de animais doentes, feridos, mal alimentado, durante o trabalho, conforme a Lei Municipal 1.067/1979, os defensores estão gravando mensagens em cadernos que serão encaminhados ao prefeito Murilo Zauith (PSB) e ao vereador Idenor Machado (DEM), presidente da Câmara. “Queremos chamar a atenção da sociedade sobre esta causa e também da nossa classe política”, diz a advogada Rosalina de Souza Santos, uma das organizadoras do trabalho. Ela tem o apoio da Anda (Agência de Notícias de Direitos Animais).

Na manhã de ontem, Rosalina começou a colher a assinatura de apoio, na Praça Antônio João, local onde permanecerá por mais alguns dias, no período da manhã. Posteriormente seguirá para outros locais de grande movimentação. A aposentada Marlene Belio, de 70 anos, também é uma das defensoras. Ontem pela manhã ela ajudou na campanha, com distribuição de panfletos que pedia denúncia da população sobre maus-tratos contra animais. “Temos que proteger os animais, não podemos ficar omissos”, disse ala, que tem em sua casa cinco cães, todos eles vítimas de abandono.

Se andar pelos bairros de Dourados não é difícil encontrar carroceiros com grandes cargas em cima da carroça. Muitos desses animais são obrigados a trabalhar sem períodos de descanso ao longo do dia por meio de instrumentos de tortura, como chicotes e pedaços de pau, que são usados cada vez que o cavalo interrompe seu trajeto por já estar exausto, ou simplesmente quando não obedece as ordens de seu condutor.

Esse é um dos motivos que tem levado defensores de animais a buscarem uma medida que substitua o animal em veículos de tração. “A gente vê muitos cavalos desidratados, magros, trabalhando no sol forte. Não podemos ficar de braços cruzados, temos que denunciar para que a lei de maus-tratos seja cumprida”, opina a comerciária Cintia Maranhão.

O que vem chamando a atenção em todo o país é o “Cavalo de Lata”, uma solução que substitui os animais. Trata-se de um veículo elétrico, carregado com energia solar, com 60 km de autonomia e gasto médio de R$ 0,02 a R$ 0,05 por quilômetro percorrido. O Cavalo de Lata, que funciona de forma híbrida: no pedal ou a motor elétrico, vem sendo utilizado na cidade de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, e o inventor vai apresentá-lo ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Esse tipo de projeto, embora ainda seja considerado caro para jardineiros, pois custa cerca de R$ 12 mil, é uma das medidas consideradas por defensores para combater o uso de animais no trabalho. “Vemos animais puxando pesadas carroças, numa verdadeira escravidão…por isso estamos aqui, defendendo o direito animais, pedindo que se cumpre a lei, não só para equinos, mas para todos os animais”, finaliza a advogada Rosalina.

Fonte: O Progresso

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