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Defensores de animais são agredidos por caçadores

1 de julho de 2015
3 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: Sea Shepherd
Foto: Sea Shepherd

Um grupo de 11 voluntários que trabalhava para a organização Sea Shepherd Conservation Society, na denominada Operação Jairo, foi agredido por caçadores durante uma patrulha na praia Pacuare, Costa Rica. A missão tinha como objetivo encontrar e proteger tartarugas ameaçadas, seus ovos e ninhos. Dois voluntários ficaram levemente feridos. As informações são do The Costa Rica Star.
Assim que perceberam a presença da equipe do Sea Shepherd, que incluía uma equipe de reportagem além dos voluntários da patrulha, um grupo de caçadores se aproximou e, sem motivo aparente, começou a atacar os voluntários desarmados com galhos e machetes. Relata-se que mais de 10 caçadores estavam envolvidos no ataque. Um dos voluntários, o australiano Brett Bradley (que lidera a Operação Jairo na Costa Rica), se colocou entre os caçadores e seus colegas, suportando a maior parte das agressões, que lhe causaram ferimentos nos braços. Uma canadense que pertencia à equipe de reportagem sofreu ferimento no ombro.
O time multinacional de voluntários incluía também indivíduos da Áustria, Espanha, EUA, França e Costa Rica.
Enquanto os voluntários tentavam deixar a praia, houve troca de tiros entre os caçadores e a equipe de guardas de segurança, contratada pelo Sea Shepherd para proteger os voluntários. A organização teria recebido ameaças depois de um incidente no início de junho.
No dia 4 de junho, voluntários surpreenderam um caçador que roubava ovos de tartaruga-gigante, uma espécie marinha ameaçada. A fêmea tinha acabado de por os ovos na areia da praia Pacuare. Os voluntários cercaram a tartaruga, protegendo-a dos caçadores até que ela terminasse de fazer o ninho e voltasse à segurança do mar. Os ovos foram então colocados numa incubadora monitorada. Pouco tempo depois, Brett Bradley foi informado de que os mesmos caçadores estariam planejando um ataque para intimidar os voluntários do Sea Shepherd. As ameaças foram denunciadas às autoridades costarriquenhas no dia 16 de junho.
Jorge Serendero, porta-voz da organização na América Central, disse que o grupo de voluntários está preparando uma nova denúncia, e que as medidas de segurança serão aprimoradas para que os esforços de proteção de tartarugas possam prosseguir em Pacuare.
David Hance, também da organização, toma os ataques como indício de que as patrulhas organizadas pelo Sea Shepherd nas praias da Costa Rica têm sido efetivas. “Os caçadores criminosos que têm como alvo as tartarugas-marinhas ameaçadas da Costa Rica estão cada vez mas frustrados com a equipe de voluntários do Sea Shepherd, que tem impedido suas atividades ilegais.”
“O líder da equipe Brett Bradley confirmou que todos os voluntários passam bem. Nossa equipe relata que, depois de enfrentar essa violência nas mãos dos caçadores, está mais determinada do que nunca a continuar protegendo as tartarugas”, diz Hance. “Estamos tomando todas as medidas apropriadas para garantir a segurança dos nossos funcionários. Contatamos novamente as autoridades costarriquenhas, além das embaixadas de cada um dos membros de nossa equipe. Também estamos em contato com a polícia local e demandamos que protejam nossos voluntários, tomando ações imediatas contra esses caçadores pelo ataque, e fazendo cumprir a lei em relação à pilhagem de ovos de tartarugas.”
Em média, somente um a cada mil filhotes de tartaruga-marinha sobrevive até a idade adulta. O Sea Shepherd se dedica a proteger essa espécie marinha ameaçada antes que seja tarde demais. Atualmente, a Operação Jairo acontece na Costa Rica e em Honduras, onde voluntários protegem as tartarugas-marinhas de pilhagem e caça. Um projeto similar será lançado em julho na Flórida.

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