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De volta às cavernas

25 de junho de 2009
2 min. de leitura
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Marco Aurelio Reis Castellano
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Os motivos que levaram os nossos antepassados a utilizarem unicamente a carne como base alimentar não existem mais.

Nos primeiros passos da humanidade, nosso ancestral buscava a sobrevivência acima de tudo, e dependia, principalmente, da própria sorte para sobreviver. Este ser, que vagava em bandos para se proteger e para tornar-se mais forte, frente às ameaças constantes de predadores e a escassez de alimentos, concentrava-se  unicamente em manter-se vivo, sua mais importante ocupação. A utilização dos restos de carniça que conseguia roubar dos grandes predadores era a sua mais importante fonte de energia, pois concentrava os nutrientes básicos necessários para sua sustentação, diminuindo, claro, a sua expectativa de vida.

As condições inconstantes do clima e a necessidade de viver em deslocamento constante, impossibilitaram-no de buscar alguma fonte de alimentação de origem vegetal, como coletor, ou como produtor, mantendo a carne como a fonte de alimentação mais segura, mesmo sendo uma tarefa perigosa, pois tinha que competir com outros animais, além de comprometer fatalmente sua saúde.
 
Esta é a origem da alimentação onívora.  Evidente que este fato histórico em nenhum momento defende o consumo da carne, apenas justifica o seu uso, nas eras remotas, em que o Homem era desprovido de qualquer comportamento ético. Como mencionado no início deste texto, volto a reforçar que os motivos que levaram os nossos antepassados a utilizarem unicamente a carne como base alimentar não existem mais, ou pelo menos, para grande parte da nossa população, não mais impedem que se encontrem outras fontes de alimentação disponíveis.  A questão agora é: havendo a possibilidade de escolhermos entre uma alimentação que envolve a violência descarada e abusiva, e a submissão de uma ou mais espécies, das formas mais cruéis que se tem conhecimento na história do homem, e entre uma alimentação saudável, que busca suas fontes na natureza preservada e que nos coloca de volta na condição de seres inteligentes e sensíveis, não parece difícil  imaginar qual seria a opção mais coerente e lógica. Ainda assim, vê-se que a grande maioria da população se abstém da sua capacidade de escolher o que poderia ser melhor para todos e para si mesmo, deixando esta atribuição para outros. Estaremos perdendo a nossa capacidade de avaliação e consciência inteligente  ou estaríamos voltando à Idade das Cavernas?

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