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De 25% a 33% dos cães e gatos que frequentam clínicas veterinárias estão obesos

9 de setembro de 2010
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Jennie e Hannah, labradoras de 9 e 10 anos, comendo lanche da tarde: meia maçã cada. "Essa raça tem predisposição à obesidade, assim como beagles, daschunds e rottweilers", afirma a veterinária Andréa Mutti (Foto: Reprodução/JC)

Nos últimos anos, estima-se que de 25% a 33% dos cães e gatos que frequentam clínicas veterinárias estão obesos, e 40% dos cães adultos apresentam sobrepeso. E o assunto é tão grave quanto nos humanos. “A obesidade nos animais pode causar sérios problemas articulares (luxações, artrites e artroses), cardíacos (tosse, cansaço fácil), circulatórios, respiratórios, dermatológicos e reprodutivos. Por isso, deve ser prevenida”, afirma a veterinária Andréa Mutti.

Segundo a veterinária, um animal obeso é aquele com excesso de peso de 20% ou mais comparado ao normal. Sendo que o cachorro normal depende do padrão de cada raça, mas caracteriza-se pelas costelas visíveis ao movimento e fáceis de apalpar. “A causa da obesidade em cães e gatos geralmente está associada à dieta desbalanceada e à falta de exercícios”, acrescenta.

Porém, Andréa alerta que nem sempre a obesidade do animal é necessariamente culpa do tutor. “A obesidade também pode estar relacionada com problemas hormonais, que são diagnosticados por um médico veterinário durante exame específico. Esses problemas geralmente estão associados a outros sinais clínicos além do excesso de peso”, destaca a veterinária.

Para Andréa, um profissional veterinário pode auxiliar no programa de emagrecimento, propondo metas, estabelecendo um programa de exercícios e uma dieta adequada para o animal. “Várias “refeições” ao dia, incluindo ração light, frutas e legumes para manter o metabolismo em alta, são atitudes interessantes”, diz.
A veterinária acredita que o maior empenho deve partir do responsável e toda família com a qual o animalzinho convive. “Deve-se, sobretudo, evitar petiscos como pães, biscoitos e doces. Uma boa ideia pode ser substituí-los por pedaços de cenoura ou maçã.”

Para aumentar os níveis de atividade, o recomendado é que os tutores encorajem os gatos a brincarem mais e levem os cães para caminhadas diárias. “Vale a pena se esforçar para encontrar esse tempinho. Afinal, as caminhadas fazem bem para nossa saúde também!”, sugere Andréa.

Poucos sabem, mas deixar o cão engordar até ficar obeso pode trazer punições aos tutores. A Lei n° 9.605, em vigor desde 1998, garante proteção aos animais e prevê que negligenciar alimentação e expor a doenças passa a ser infração. A punição pode ser reclusão de três meses a um ano, além de multa.

Fonte: Jornal Cidade


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