Uma cadela está despertando a curiosidade de quem trabalha no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória. O animal, que ganhou o apelido de Filhinha, está há mais de 12 horas na frente da delegacia, a espera do tutor que foi preso por furto neste domingo (6). Para chegar no local, ela teria seguido o carro de polícia por aproximadamente dois quilômetros. O detido já foi transferido para o Centro de Triagem de Viana, mas a cadela continuava aguardando o reencontro na manhã desta segunda-feira (7).
A cadela começou a seguir o carro na Avenida Maruípe, na capital, passou pela Avenida Marechal Campos e chegou no DPJ. Os policiais já deram comida e água, e avisaram à família do detido sobre o animal, mas ninguém demonstrou interesse em buscar Filhinha.
O delegado Leonardo Ávila explicou que a transferência do preso precisou ser feita de forma que a cadela não percebesse. “Assumi o plantão neste domingo às 19h e o animal já estava na porta do DPJ. Ele veio seguindo o tutor, que foi preso. O detido já foi transferido, mas o animal permanece aguardando a saída dele. Quando houve essa transferência, a viatura foi colocada dentro da garagem para que o cachorro não percebesse a saída do tutor, o que poderia gerar um transtorno”, disse.
De acordo com os policiais, o animal aparenta estar cansado e com medo, mas ainda assim aguarda o retorno do tutor. Para o delegado, esse é um exemplo de fidelidade. “A gente vê como é a fidelidade do animal, ao contrário de muitos seres humanos. Isso serve de lição para muita gente”, falou.
Fidelidade animal em filme
O filme “Sempre a seu lado” conta uma história que também retrata um exemplo de fidelidade de um cachorro. Baseado em uma história real, o longa mostra a amizade de um professor universitário e um cachorro da raça akita, conhecido por sua lealdade.
Com o passar do tempo, o cão cria o hábito de acompanhar o tutor até a estação de trem e retornar assim que ouvisse o barulho do transporte retornando. Só que durante uma aula, o tutor passa mal e morre. O cachorro fica na estação de trem esperando o professor voltar por 10 anos.
Fonte: G1