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PLANETA EM COLPASO

Da Foz do Amazonas a Fernando de Noronha: a vida leiloada em 172 blocos de petróleo

Ações judiciais tentam impedir o ataque do governo Lula contra a Natureza e seus povos a menos de cinco meses da COP na Amazônia, que vai discutir o fim da produção de combustíveis fósseis, responsáveis por mais de 75% das emissões dos gases que aquecem o planeta

16 de junho de 2025
Claudia Antunes
16 min. de leitura
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Foto: Bruno Santos/Folhapress

Vinte blocos de exploração de petróleo cercam completamente duas Terras Indígenas em Mato Grosso cujos limites já foram declarados e que esperam a demarcação. Outro bloco fica a cerca de 220 quilômetros da Reserva Biológica do Atol das Rocas, no litoral do Rio Grande do Norte. Este e mais 15 blocos se encontram próximos ou sobrepostos à Cadeia de Montes Submarinos de Fernando de Noronha, reconhecida pela biodiversidade que abriga. Trinta e quatro blocos no litoral do Rio Grande do Sul estão numa região de “alta produtividade biológica e complexidade oceanográfica”, o que a torna “essencial para reprodução e alimentação de diversas espécies de peixes”, de acordo com um relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o Ibama.

Tudo isso está incluído no leilão que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP, marcou para 17 de junho.

E tem ainda 47 blocos da Bacia da Foz do Amazonas, região ímpar da costa brasileira em termos de riqueza e sensibilidade ambientais, onde nenhuma das empresas petrolíferas que arremataram nove áreas há 12 anos, em 2013, conseguiu a licença do Ibama para fazer perfuração. Isso pode mudar agora, depois que o presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, contrariando um parecer de 29 técnicos, deu o sinal verde para a Petrobras passar à última etapa do licenciamento do bloco 59, a 160 quilômetros do litoral do Oiapoque, no Amapá.

A iminência da emissão da licença para o bloco 59 deverá provocar uma corrida às 47 áreas na Foz do Amazonas incluídas no leilão da ANP. Outro fator que poderá aumentar o interesse das empresas – 12 comunicaram que farão ofertas e mais 31 estão aptas a participar – é o ataque de Israel ao Irã, iniciado na noite de 12 de junho (horário do Brasil, madrugada de 13 de junho no Irã). O preço internacional do petróleo, que vinha caindo neste anovoltou a subir depois da agressão israelense.

Ao todo, serão oferecidos 172 blocos, dos quais 118 – entre eles os descritos no início deste texto – estão localizados em regiões de “novas fronteiras” petrolíferas, onde ainda não existe produção do combustível fóssil. Apesar disso, nenhuma delas passou por uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar, a AAAS, um estudo socioambiental, previsto em uma portaria federal de 2012, que tem o objetivo de determinar se a instalação de uma cadeia petrolífera numa região é viável.

Infografia: Rodolfo Almeida/Sumaúma

No terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, a ANP já havia realizado um grande leilão petrolífero em 2023. Na época, houve protestos e ações judiciais. Mas a reação é maior agora, quando a oferta de áreas de exploração acontece a cinco meses da COP30 em Belém, a primeira conferência do clima a ser realizada na Amazônia. Um tema prioritário da reunião é como pôr em prática a decisão, adotada na COP28, de eliminação gradual dos combustíveis fósseis, responsáveis por mais de 75% das emissões de gases que provocam o aquecimento do planeta. Sem que haja uma redução rápida na queima de petróleo, gás e carvão, a temperatura média da Terra continuará aumentando, com consequências drásticas para a vida no planeta.

Além de lideranças indígenas, ambientalistas e cientistas, a oposição ao leilão inclui a Federação Única dos Petroleiros, a FUP. A entidade sindical entrou com uma ação popular pedindo a suspensão do leilão, por causa da oferta dos 47 blocos da Bacia da Foz do Amazonas. “Além de ferir o interesse público, a soberania energética e o patrimônio nacional, o leilão está sendo convocado sem as mínimas garantias ambientais nem consulta às comunidades tradicionais”, argumenta a FUP.

Já o Ministério Público Federal no Pará também entrou na Justiça no dia 12 de junho em uma ação contra a ANP para barrar o leilão, igualmente em função da licitação dos blocos na Foz do Amazonas. A ação pede uma liminar – ou seja, uma ordem emergencial – e que os tribunais condicionem a eventual concessão dessas áreas a quatro medidas, entre elas a realização da Avaliação Ambiental de Área Sedimentar, de um estudo do impacto climático do petróleo que viria a ser produzido e de uma consulta livre, prévia e informada aos povos indígenas e tradicionais da região. O Ministério Público já havia recomendado à ANP que suspendesse o leilão.

O Instituto Internacional Arayara, que monitora os riscos ambientais, sociais e econômicos da exploração de combustíveis fósseis, iniciou cinco ações civis públicas pedindo a retirada dos 118 blocos das “novas fronteiras” petrolíferas. Isso inclui, além da Foz do Amazonas, 21 áreas da bacia terrestre dos Parecis, em Mato Grosso e Rondônia, 34 da Bacia de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e 16 da Bacia Potiguar, no litoral do Rio Grande do Norte e do Ceará. A oferta de 117 desses blocos foi autorizada por uma manifestação conjunta do Ministério de Minas e Energia e do Ministério do Meio Ambiente em 2020.

O prazo de validade da manifestação acaba em 18 de junho, um dia depois do leilão. Para o Instituto Arayara, isso configura uma irregularidade jurídica, já que o processo de licitação só termina com a assinatura dos contratos de concessão, prevista para novembro. Além disso, o instituto argumenta que a manifestação não contempla os requisitos de uma portaria interministerial de 2022, que atualizou os critérios socioambientais obrigatórios para a oferta de blocos petrolíferos.

Até a publicação desta reportagem, não havia decisões da Justiça sobre essas ações.

Os petroleiros e a renda da exploração

Diferentemente da maioria dos opositores do leilão, a Federação Única dos Petroleiros, a FUP, não se opõe à abertura de novas frentes de produção de combustíveis fósseis. Ela propõe que a margem equatorial seja considerada uma “área estratégica” e que a licitação de blocos ali seja feita no regime de partilha, criado em 2010 para o pré-sal. É uma decisão que teria que ser tomada pelo Conselho Nacional de Política Energética, presidido pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do PSD.

Pelo regime de partilha, a Petrobras tem a preferência no leilão das áreas, e a alíquota dos royalties pagos pelo petróleo extraído é maior do que no regime de concessão, que vigora na margem equatorial. Além disso, na partilha grande parte do dinheiro recolhido pela União vai para um Fundo Social. Este fundo, espelhado no que a Noruega acumulou com sua renda petrolífera, deveria ser uma poupança para a nação. Na prática, ele nunca foi usado dessa forma e, no governo do extremista de direita Jair Bolsonaro, foi gasto no pagamento da dívida pública. As regras do Fundo Social preveem que ele financie, entre outras, ações “de mitigação e adaptação às mudanças climáticas e a seus efeitos e de enfrentamento das consequências sociais e econômicas de calamidades públicas”.

O Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, o Ineep, um centro de estudos ligado à FUP, publicou em maio um documento que reforça os argumentos da ação judicial dos petroleiros. O texto contesta, de forma indireta, a alegação do governo Lula e de políticos do Amapá e do Pará de que a exploração de petróleo na margem equatorial – o litoral que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte – seria necessária para superar a pobreza na Amazônia e financiar a transição energética. O Ineep argumenta que isso não acontecerá dentro das normas atuais.

O documento do centro de estudos dos petroleiros propõe a construção de regulações estritas para a aplicação de uma eventual renda petrolífera da margem equatorial. Essa aplicação incluiria investimentos em reflorestamento e no combate ao desmatamento. O texto sugere também mudanças numa medida provisória sobre o Fundo Social que o governo enviou em março deste ano ao Congresso, a fim de ampliar a participação da sociedade na definição do uso do dinheiro e assegurar que ele seja investido em ações pelo clima. Defende, ainda, a “garantia da autonomia” do Ibama.

A Reserva Biológica do Atol das Rocas, que é parte da cadeia de montes submarinos de Fernando de Noronha, fotografada do espaço. Foto: NASA

Nos últimos anos, o Brasil se tornou um grande exportador de petróleo bruto, produto que no ano passado liderou o valor das vendas do país para o exterior. A renda petrolífera, incluindo a parcela que o governo federal recebe dos lucros da Petrobras, tem sido usada para fechar os buracos das contas públicas, diante da resistência do Congresso e da elite econômica ao aumento dos impostos dos mais ricos. No leilão, o governo Lula pretende arrecadar 444 milhões de reais com os chamados “bônus de assinatura” pagos pelas empresas que arrematam blocos. A perspectiva de licenciamento do bloco 59 tende a fazer esse valor aumentar.

Essa situação é alvo das críticas da economista Ticiana Alvares, diretora técnica do Ineep e coautora do documento sobre a margem equatorial. “Os interesses estratégicos do país são deixados um pouco de lado quando a única estratégia é fechar as contas do ano”, diz ela. Alvares elenca alguns pontos que considera fundamentais no debate sobre a região: “Você vai explorar a qualquer custo uma área supersensível para exportar petróleo, para continuar importando equipamentos de fora e não gerar emprego no Brasil, para que a Região Norte se torne um corredor de escoamento de riqueza para fora? O que você vai fazer com essa riqueza se ela for confirmada? Como garantir que a mão de obra envolva mesmo a região e que não seja toda do Sudeste ou, pior, de fora do país?”.

O PL, partido de Bolsonaro, desarquivou em 2024 no Senado um projeto que, na prática, põe fim ao regime de partilha. O texto acaba com a preferência da Petrobras e permite o leilão de áreas do pré-sal sob o regime de concessão. No dia 10 de junho, a Comissão de Serviços de Infraestrutura da Casa aprovou um parecer favorável ao projeto, elaborado por seu presidente, o bolsonarista Marcos Rogério – o senador do PL de Rondônia que liderou a sessão de ofensas à ministra Marina Silva em 27 de maio, cortando o microfone dela e dizendo “se ponha no seu lugar”. A proposta de lei ainda terá que ser examinada por outras comissões antes de chegar ao plenário.

O biólogo Vinicius Nora é gerente de Oceanos e Clima do Instituto Arayara e participou dos estudos que embasam as ações contra o leilão. Ele ressalta que, no passado, já viu “bons discursos sobre o regime de partilha, mas não boas práticas”. A prioridade de Nora é evitar a abertura de novas frentes petrolíferas no Brasil, mas ele acredita que faz sentido dialogar com propostas como a da Federação Única dos Petroleiros, visando medidas de compensação e redução dos danos da atividade. “Se os 47 blocos da Foz do Amazonas entrarem no leilão e forem vendidos, logo haverá a oferta de mais áreas. A paisagem vai começar a mudar em uma velocidade imensa. E a gente vai ter que conversar sobre o passo seguinte”, diz o biólogo.

Vida marinha e pesca ameaçadas

Em toda a margem equatorial, onde se encontra a maior área contínua de mangues do Brasil, há 34 blocos já concedidos para a perfuração. Destes, 20 estão com o contrato suspenso, a maioria porque as empresas não comprovaram que conseguiriam conter vazamentos de petróleo sem causar danos ambientais.

A Bacia Potiguar é a única das cinco daquele litoral onde já existe extração de petróleo. Porém, até agora, essa produção não inclui a zona de alto-mar sobre a cadeia de montes submarinos de Fernando de Noronha, parte de um sistema de recifes que alimenta a vida marinha. Blocos nesse local foram ofertados pela ANP em 2021 e 2023, mas não houve compradores. No início deste ano, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima pediu sua exclusão do leilão do dia 17, mas o Ministério de Minas e Energia negou o pedido, como revelou a Folha de S.Paulo.

Vinicius Nora, do Instituto Arayara, explica a importância ambiental da região. “Tudo isso é uma cadeia recifal coralínea muito rica”, diz ele, apontando para o mapa do Monitor da Amazônia Livre de Petróleo e Gás, uma plataforma online da organização. “Todos esses montes, o Platô do Ceará também, são bancos de rodolitos [algas calcárias conhecidas como ‘rochas vivas’]. Nos recifes de águas rasas do Nordeste, existe uma perda grande dessas espécies por causa do branqueamento provocado pelo aquecimento global. Esses recifes têm uma correlação direta com o ambiente mais profundo, mais preservado, e que vai jogando larvas de corais”, continua Nora. “É uma coisa integrada, e o que estão fazendo é criar barreiras no caminho, porque a indústria do petróleo é muito mais do que está no quadradinho de cada bloco.”

Na Bacia dos Parecis, onde blocos que serão leiloados se sobrepõem à área de influência de Terras Indígenas, existem várias usinas termelétricas, a maioria delas movida a petróleo. Muitas pertencem a companhias do agronegócio, como a Marfrig. A produção dos campos, se forem encontrados gás e/ou petróleo, deve abastecer essas usinas, que estão entre as mais poluentes das fontes de eletricidade. A Bacia dos Parecis é uma das regiões do Brasil em que existem os chamados “recursos não convencionais”, como o gás e o petróleo que precisam ser extraídos por meio de fraturamento hidráulico, uma técnica altamente poluidora e consumidora de água que nunca foi usada no Brasil.

Já na Bacia de Pelotas, 44 blocos foram concedidos no leilão da ANP de 2023, mas ainda não há perfuração. Um dos argumentos do Arayara para a exclusão do litoral rio-grandense da oferta de 17 de junho são os possíveis danos à pesca, incluindo a de pescadores artesanais estabelecidos na Lagoa dos Patos, a maior laguna da América do Sul. “Cada elemento da paisagem da indústria do petróleo – uma plataforma, um rebocador, um gasoduto – significa uma restrição à pesca”, enfatiza Nora, lembrando que grandes navios têm preferência de navegação. “É por isso que antes do leilão tem que ter a consulta, toda a explicação do projeto. Não é leiloar e jogar a responsabilidade para o licenciamento.”

Questionado por meio da assessoria de imprensa sobre as ações judiciais contra o leilão, o Ministério de Minas e Energia afirmou que só se manifestaria no processo. A ANP disse que não iria comentar as ações judiciais. No entanto, afirmou que todas as licitações de áreas de exploração de petróleo e gás seguem as “diretrizes do Conselho Nacional de Política Energética” e “levam em conta os objetivos de segurança energética do país, desenvolvimento tecnológico e responsabilidade socioambiental”. A agência também defendeu que todos os blocos que serão ofertados no dia 17 “estão sustentados por manifestações conjuntas em vigor” dos ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente, sem mencionar o fato de que a manifestação para 117 blocos vence no dia 18. Além disso, a ANP lembrou que os blocos arrematados ainda terão que passar por licenciamento ambiental – os blocos no mar são licenciados pelo Ibama, e os que ficam em terra, pelos estados.

Na prática, como afirmou Nora, uma vez que uma área de exploração é concedida, toda a pressão das empresas e dos políticos acaba recaindo sobre os órgãos ambientais e as comunidades afetadas.

Demandas de um pescador

Flavio Lontro é coordenador-geral da Comissão Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Extrativistas Costeiros Marinhos, a Confrem. Pescador, ele mora na Área de Proteção Ambiental de Guapi-Mirim, no fundo da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, que em 2000 foi atingida pelo vazamento de 1,3 milhão de litros de petróleo provocado pelo rompimento de um duto da Petrobras. Na época, os pescadores se mobilizaram para limpar os manguezais atingidos. Em 2015, outro vazamento, num terminal da Transpetro, subsidiária da Petrobras, derramou estimados 25 mil litros de óleo nas baías da Ilha Grande e de Sepetiba.

Lontro, porém, que trabalha no litoral do Sudeste, onde a produção de petróleo brasileira está concentrada – e onde 54 blocos serão ofertados no leilão –, enfatiza os acidentes menores e mais frequentes, que nem chegam a ser noticiados mas têm efeito cumulativo no mar e nos mangues. Segundo a ANP, houve 1.091 acidentes na exploração de petróleo no Brasil em 2024, 731 em mar e 360 em terra. Um levantamento da Agência Brasil mostrou que eles resultaram no vazamento de 52.910 litros de óleo, 8.630 litros de fluidos sintéticos de perfuração, 23.100 litros de aditivos desses fluidos e 21.590 litros de fluidos de perfuração à base de água.

“Por mais cuidado que a empresa tenha na exploração, qualquer acidente é passível de acontecer”, diz o coordenador-geral da Confrem. “Isso cria um certo estresse, porque a coisa não é tão segura como dizem que é. Pequenos vazamentos acabam acontecendo constantemente. E isso vai parar nas praias, suja os apetrechos de pesca. Tem vazamento em linha que transporta óleo para a refinaria, tem vazamento ship-to-ship [quando o petróleo é transferido de uma embarcação para outra].”

Flavio Lontro lamenta que a pressão política para apressar o licenciamento do bloco 59 tenha levado ao adiamento dos planos para a criação de quatro reservas extrativistas marinhas na costa do Amapá. Essas reservas são uma antiga reivindicação dos pescadores artesanais do estado e vinham sendo negociadas com o Ministério do Meio Ambiente desde 2005. Seu objetivo é proteger as zonas de pesca artesanal da penetração dos barcos pesqueiros industriais. Foi sobre essas Resex que Marina Silva foi chamada a falar no Senado no dia em que foi agredida.

“O ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade] cancelou as audiências públicas, já na parte final do processo de decretação dessas reservas, porque começaram a surgir boatos de que não se poderia mais explorar petróleo”, diz Lontro. “Poderia atrapalhar [a exploração], mas é óbvio que tem que conversar, tem que consensuar as coisas. Nós estamos falando de segurança alimentar”, ressalta ele.

O pescador e líder extrativista insiste em que essas comunidades precisam estar nas mesas de decisão sobre a exploração de petróleo. “Nós estamos falando de cidadania aí”, frisa Lontro. “Acontece que eles decidem fazer as coisas como querem”, diz ele, referindo-se às empresas petrolíferas. “A gente não está representado para indicar a melhor forma de ser feito, a maneira que impacta menos o meio ambiente e, óbvio, as comunidades pesqueiras.”

Lontro também faz uma cobrança ao governo Lula: “É um governo que a gente elegeu. E que agora, de uma certa forma, não está nos escutando na altura que deveria escutar”.

Fonte: Sumaúma

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