Foram colocadas cerca de 5000 cúpulas por toda a baía de Sarangani, que tem 230 kms de comprimento. Estas estruturas, que se assemelham a uma pequena banheira, têm cerca de 1 metro de diâmetro e atuam em áreas degradadas como uma plataforma para os seres vivos aderirem. Desta forma, após um curto período de tempo algumas pequenas criaturas marinhas podem viver sobre elas.
Estas cúpulas têm 10 buracos, com 15 cm cada, que estão distribuídos ao longo da superfície assemelhando-se às cavidades das rochas, permitindo assim que os peixes e outros animais se refugiem no caso de serem atacados pelos predadores.
Dois anos após a conclusão do projeto, as cúpulas tornaram-se no lar de dezenas de espécies da fauna marinha, que por sua vez atraem cada vez mais peixes, contribuindo por isso para o aumento das capturas pelos pescadores locais. Durante o período de tempo em que estiverem instaladas estas cúpulas, a natureza encarrega-se de as decorar com todo o tipo de organismos marinhos. Estes blocos de cimento foram invadidos por uma explosão de vida em forma de corais, anêmonas, peixes palhaço, estrelas do mar e polvos.
As águas das Filipinas pertencem ao triângulo de coral, com uma área entre 5 e 7 milhões de km² limitado pela Indonésia, Malásia, Papua Nova Guiné, as ilhas de Salomão e Timor Oriental, no qual se concentram 75% das espécies de coral do planeta. Com mais de 7000 ilhas, as Filipinas são o segundo arquipélago da Terra que tem uma maior biodiversidade, logo a seguir à Indonésia e os seus corais sofrem as consequências da pesca, da exploração turística das zonas costeiras, das devastadoras monções tropicais e do aumento da temperatura marinha.
Fonte: Naturlink