Por causa de ameaças como mudanças climáticas, tráfico de animais e caça ilegal, a sobrevivência da fauna selvagem do Brasil está cada vez mais tênue. Essa preocupação aumenta no período das festas de fim de ano devido ao barulho estrondoso dos fogos de artifício, excesso de luminosidade e restos de fogos e balões no meio ambiente. O impacto na vida selvagem é devastador.
Os animais sentem sons com uma intensidade muito maior do que os humanos. Durante explosões de fogos de artifício, as aves, que descansam em árvores e locais próximos de festas, acabam voando desesperadas de tanto medo e estresse ao som. Algumas voam tão longe no mar que não conseguem retornar vivas para a terra firme.
Elas também podem colidir com prédios, se perderem e se desorientarem até caírem mortas. Infelizmente, esses fatos não são incomuns. Podemos citar como exemplo a notícia veiculada da Itália em dois de janeiro de 2021, quando foram encontrados vários passeriformes mortos no chão após os fogos de artifício.
Impactos são ainda maiores no verão
No verão, quando a maioria das aves está nidificando ou em estágios iniciais de criação de seus filhotes, os riscos são ainda maiores. Os filhotes acabam morrendo por desidratação ou fome quando seus pais, aterrorizados e desorientados, não conseguem encontrar o caminho de volta para os ninhos. Essas mortes dolorosas são particularmente trágicas, porque são completamente inevitáveis.
É imprescindível que o poder público reveja os impactos do ruído e dos flashes de luz na vida selvagem durante as festas de fim de ano. É uma demonstração perturbadora de ego, o desejo humano de iluminar o tranquilo céu noturno com essas explosões, que geram efeitos adversos sobre as pessoas vulneráveis, animais selvagens e domésticas e no meio ambiente como um todo, sem contar o alto custo que o governo paga com dinheiro do povo.
Fonte: Fauna News