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Cuidados com as unhas dos gatos são importantes para a boa saúde do animal

3 de agosto de 2013
4 min. de leitura
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Arranhar é uma atividade normal para qualquer gato. Parte de sua natureza, a ação ajuda o felino a remover camadas externas das unhas e a aliviar a irritação. Assim como em humanos, as unhas de gatos nunca param de crescer e é essencial que seus tutores tenham cuidado na hora de apará-las. Arrancar essas unhas, num procedimento chamado de ablação ou onicectomia, é extremamente danoso e potencialmente arriscado para os gatos. Buscar alternativas não prejudiciais e ter paciência com o animal é a melhor forma de lidar com esse hábito.

Segundo Raquel Quirino, professora do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal (DMFA) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), quem faz a opção de adotar um gato deve se lembrar da natureza dos felinos e ter paciência para adequá-la ao ambiente domiciliar.“A prática de arrancar as unhas do animal é muito prejudicial para ele. Ele utiliza as unhas para se comunicar, para se defender, é algo muito natural para ele. Além do mais, essa amputação é muito dolorosa e poder gerar infecções, sangramentos, entre outros problemas”. Cada animal tem suas características e seu tempo de adaptação a novos hábitos, portanto é preciso pensar em alternativas saudáveis caso o gato costume danificar móveis e objetos da casa.

O designer Anizio Silva e a esposa Daniela Alencar são os donos de José Saramago e Elizabeth Taylor."Zé", como é chamado o felino, adora afiar as unhas no sofá da casa, já "Liz" é adepta do arranhador. (Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press)
O designer Anizio Silva e a esposa Daniela Alencar são os tutores de José Saramago e Elizabeth Taylor.”Zé”, como é chamado o felino, adora afiar as unhas no sofá da casa, já “Liz” é adepta do arranhador. (Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press)

Uma das opções é o uso de soft claws, capas protetoras de silicone ou borracha para as unhas dos gatos. Para aplicá-las, é preciso utilizar uma cola com cuidado para não derrubar fora da área desejada. Uma outra possibilidade é o investimento em arranhadores. Eles existem em várias formas e podem ser encontrados facilmente em lojas especializadas. “Comprar arranhadores e educar os gatos a utilizá-los é a melhor opção. Mas cada gato tem seu jeito próprio e alguns não conseguem se adaptar. Para o gato que vive comigo, o que deu certo foi o uso de uma caixa de papelão”, conta a professora Raquel. Os objetos de arranhar podem ser feitos de materiais como madeira, sisal, papelão ou carpete. Possuem diferentes formas e cores, podendo se adequar a decoração da casa ou até mesmo imitar móveis reais. Quanto mais novos os felinos, mas facilmente aprenderão o local em que devem arranhar.

Mesmo os gatos educados a afiar suas garras no local certo precisam ter suas unhas aparadas periodicamente. Procurar orientações com profissionais da área é a forma mais segura de realizar o procedimento em casa. “Deve-se sempre buscar pessoas que entendam do assunto e saibam aparar as unhas sem machucar os animais”, afirma Raquel Quirino. “As unhas de pessoas também devem ser cortadas apenas em uma parte, mas para os humanos isso é mais facilmente identificado porque existe a proteção dos dedos. Para os gatos, não há essa proteção e cortar além do local permitido é uma mutilação muito dolorosa para o animal”. Na parte sensível das unhas estão localizadas veias e nervos. É preciso um local com boa iluminação, estabilidade e equipamento adequado para o corte.

O designer Anizio Silva cuida de José Saramago, um gato de três anos e dois meses, e Elizabeth Taylor, de dois anos e cinco meses. “Ele [José] adora afiar as unhas nos sofás. Também já rasgou uns três lençóis”, conta. “Já Elizabeth Taylor afia no sofá, mas raramente. Ela usa mais um arranhador, que é uma casinha de gato que compramos. Infelizmente Zé não usa muito”. Informado sobre os problemas advindos da falta de cuidado com as unhas dos animais, Anizio costuma levá-los para o veterinário na hora de apará-las. “Sempre levamos por receio de cometer um acidente. Mas há uns dois meses estamos cortando em casa com uma tesourinha apropriada”. Ele conta que segue as instruções presentes na embalagem do equipamento, que indica o uso de um anticoagulante no caso de acidentes. “Ao cortar as unhas é preciso ficar muito atento por causa dos vasos sanguíneos que ficam muito perto”, recomenda. “Felizmente não aconteceu nada até agora”.

Fonte: Pernambuco.com

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