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TOCANTINS

Cuidadora de animais pede doações após muro de abrigo cair durante chuva forte: 'Vem o temporal fico aflita'

19 de novembro de 2023
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Claudia Helena

A Associação Casa do Vira-Lata, em Guaraí, está arrecadando materiais de construção, após parte do imóvel ser destruído por causa das chuvas fortes registradas nos últimos dias. Com o temporal, o muro da casa onde fica a ONG caiu e agora os animais são obrigados a ficar em um cômodo pequeno. A cuidadora, Claudia Helena de Sousa, de 55 anos, pede doações já que apenas ela fica responsável por 80 animais.

“Vem o temporal, fico aflita. Só eu que faço esse trabalho de lavar remédio, levar no veterinário, dar medicação, comida, água. Faço esse trabalho aqui há mais de 15 anos. Não tenho filhos, marido e ninguém para ajudar. Antes tinha recursos, pois tinha dois empregos e um imóvel, mas com a pandemia perdi tudo”.

Após a queda do muro a voluntária chegou a gravar um vídeo, emocionada, mostrando a situação depois de ver os estragos causados pela chuva. “Quando pensa que a situação tá ruim, piora, olha o que aconteceu aqui”.

Claudia conversou e explicou que devido às chuvas, alguns animais tiveram que ir para lares temporários. Os que ficaram na casa quando há chuva acabam se molhando já que o espaço onde estão está com infiltração e precisando de reforma.

“Se todo mundo ajudasse um pouquinho seria fácil. Na verdade tinha que ter tirado todos [os animais], mas não consegui lar temporário. As pessoas infelizmente não doam esse espaço. É a nossa maior dificuldade”, disse.

Depois que o muro caiu, os cachorros também não podem mais ficar soltos no quintal da residência. A tutora explicou que pela falta de espaço e as chuvas, os cachorros podem ficar gripados, “além de estressados pois estão num cubículo”

Ao todo são atendidos 80 animais entre gatos e cachorros, sendo que 18 ficam na casa da Claudia porque precisam de cuidado redobrado já que possuem problemas neurológicos e renais.

Antes das chuvas, a casa já apresentava problemas. Em outro momento o portão da residência chegou a cair, pois ficava apoiado apenas em pedaços de madeira.

“Aqui as pessoas que conhecem sabem que tudo é escorado, o portão escorado com pau. A gente não tem ‘grana’ o suficiente para concertar isso, a gente vive de doações, que são poucas. E daí a gente não pode deixar de levar eles ao veterinário, comprar remédios e rações para estar fazendo isso [as reformas]”, contou.

Segundo a voluntária, a ONG precisa de 25 sacos de cimento, dois mil tijolos, seis metros de areia, quatro metros de seixo, cinco litros de vedalite, tábuas, arames, ferragens para colunas e o serviço do pedreiro. A associação também faz arrecadação de fundos para a compra dos materiais pelo PIX.

Para mais informações sobre as doações, entrar em contato com a ONG pelo número (63) 9 9988-7944.

Fonte: G1

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