Instalado em um espaço com mais de 500 mil metros quadrados de natureza, áreas de restinga, mangue e floresta que abrigam dois sambaquis de quase cinco mil anos de existência, o Parque Cotia-Pará – nem de longe – tem seu potencial totalmente explorado. Por isso, um importante passo para mudar este cenário foi dado nesta semana. Trata-se da assinatura de uma parceria entre a Prefeitura e o Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte) para implantar no local um Centro de Triagem de Animais Silvestres.
O espaço servirá como um núcleo de pesquisas e gestão ambiental, abrindo as portas para que Cubatão transforme-se em uma referência nacional para a recuperação e reabilitação de animais nativos da Mata Atlântica. Espécies vítimas de tráfico e acidentes, ou apreendidas em ações da Polícia Ambiental, serão encaminhadas para o local e, após receberem tratamento, devem ser reconduzidas ao seu habitat natural. Para isso, o Unimonte investirá R$ 500 mil na adequação da área que receberá o centro.
Mão de obra
Segundo o assessor de Planejamento Governamental da Prefeitura, Adalberto Ferreira da Silva, o novo projeto oferecerá ainda cursos de qualificação para jovens, com certificação. Serão 100 vagas por ano. Desta forma, os estudantes poderão atuar como monitores de turismo ou auxiliares em programas de saúde, dentre outras funções. A parceria com o Unimonte também incentivará investimentos no parque, que não está com todos seus atrativos em funcionamento e ainda teve partes estruturais danificadas pelas chuvas do começo do ano.
Além de verba municipal, a Prefeitura buscará parcerias com empresas e instituições para a reforma do espaço, que mantém hoje o minizoológico fechado e em quarentena diversas espécies por falta de viveiros adequados. Conforme a chefe do Parque Cotia-Pará, a bióloga Caroline Roldan, 10 espécies, entre elas gaviões e tucanos de bico-verde, estão nesta situação. “Estes animais precisam de espaços mais específicos e adequados. Por isso, eles ficam neste local que não está aberto à visitação, esperando essas reformas”, explica.
Segundo Caroline, atualmente, em exposição ao público, há 30 espécies, entre elas jabutis, araras, jiboias e saguis. Além dos animais, também está no Cotia-Pará um dos maiores monumentos da Cidade, o Cristo-Redentor.
Fonte: A Tribuna