Sílvia Lakatos, em colaboração para ANDA
Escrevo na primeira pessoa porque assumo TOTAL RESPONSABILIDADE pelo conteúdo deste texto. Agradeço à ANDA pela oportunidade de me expressar.
Sou uma árdua defensora da liberdade. Acho que todos podem e devem manifestar seus pontos de vista livremente, e não sou a favor apenas daqueles que têm opiniões parecidas com as minhas. Como disse Voltaire, “posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”.
Porém, entendo que liberdade não é sinônimo de carta-branca para fazer proselitismo de crime. Se uma pessoa é, por exemplo, uma racista, e sai por aí pregando seu ideário neonazista, parece-me apropriado que ela seja tolhida.
De maneira semelhante, não acho que a liberdade oferecida nas redes sociais possa servir de desculpa para pessoas que fazem apologia à crueldade contra animais. Este é um exemplo abjeto de ser “humano”(??) que se vale do Facebook para exibir ao mundo, orgulhosamente, os maus-tratos infligidos ao próprio gato:
Porque o animal, aparentemente um filhote, teria urinado na cama do indivíduo, este simplesmente pegou o bicho indefeso, colocou-o em um saco plástico e o envolveu em fita adesiva. O pior é que a crueldade não tem limites, e alguns “amigos” desse sacripanta “curtiram” a foto, e ainda fizeram observações perversas.
Podemos denunciar esse crime? Como? A foto postada é prova suficiente para que o autor seja penalizado?
Entendo que é necessário mobilizar forças no sentido de combater a crueldade em todos os níveis, e isso envolve também o território quase sem lei das redes sociais.