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Crueldade: artista explora insetos vivos para a produção de quadros

8 de abril de 2017
2 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: Reprodução/Creators

A arte deveria ser um campo reflexivo e revolucionário que estimulasse as pessoas a lutar por um mundo melhor. Porém, infelizmente, existem aqueles que distorcem a beleza artística e a transformam em mais um vetor da exploração animal. Steven Kutcher é uma dessas pessoas.

Conhecido como o “homem dos insetos”, Kutcher é um entomologista norte-americano que há décadas têm explorado insetos para realizar algumas das suas produções de maior sucesso. Ele obriga os animais a “pintar” quadros conforme os posiciona da maneira que lhe é mais conveniente. Kutcher se denomina um amante de animais e um artista, mas suas ações são completamente contrárias ao seu discurso.

Foto: Reprodução/Creators

Ao lucrar com o abuso de insetos, ele não apenas desrespeita suas vítimas, como também a essência da arte. Segundo ele, não são utilizadas tintas tóxicas para a produção dos quadros, que são basicamente o resultado do rastro que o caminhar dos insetos deixa sobre a tela. Porém, isso é irrelevante, já que os animais são tratados como meros instrumentos usados para servir Kutcher.

Kutcher chama esses quadros que revelam os trajetos dos animais de “pinturas abstratas” e seu trabalho explorador foi tema do documentário, “Bug Man”, realizado em 2016 pelo escritor e diretor norte-americano, Iqbal Ahmed, segundo informações do Creators.

Foto: Reprodução/Creators

Lamentavelmente, o documentário fornece um espaço para Kutcher falar sobre sua “arte” como se fosse algo positivo e não prejudicasse os animais e ele é até qualificado como “incrível” por Ahmed.

A crueldade de Kutcher em desconsiderar completamente a vida dos insetos não é diferente da exploração de elefantes torturados para pintar quadros na Tailândia ou das mutilações e assassinatos de animais que ocorrem em nome de uma pretensa arte.

Em 2007, Guillermo Vargas, da Costa Rica, exibiu um cão esquelético e abandonado em uma galeria na Nicarágua. No ano 2000, por exemplo, o chileno Marco Evaristti colocou peixinhos dourados em liquidificadores em uma exposição que convidava o público a matar os peixes pressionando o botão.

Todos esses casos são sombrios e mostram a falta de respeito e compaixão dos humanos por outros seres vivos. Independentemente da espécie e do tamanho, todos os animais possuem seus propósitos e jamais devem servir humanos.

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