Dezenas de ativistas invadiram, na madrugada desta sexta-feira (18), o laboratório do instituto Royal, em São Roque (SP), e levaram vários animais do complexo, informaram a Guarda Municipal da cidade e a Polícia Militar (PM) da região. A manifestação foi motivada por suspeitas de maus-tratos aos bichos no local.
O instituto Royal afirmou que realiza todos os testes com animais dentro das normas e exigências da Anvisa e que a retirada dos animais do prédio prejudica o trabalho que vinha sendo realizado.
Veja a cronologia do caso:
22/09 – manifestantes de uma ONG organizaram ato contra testes realizados em cães da raça Beagle, em São Roque. Eles alegavam que os animais eram utilizados em experimentos para produtos farmacêuticos pelo Instituto de Pesquisa Royal.
12/10 – ativistas se acorrentaram em frente à sede da empresa como protesto. Eles prometiam ficar no local até terem uma lista de reivindicações atendidas. Representantes do laboratório conversaram com manifestantes, mas, segundo uma das organizadoras do protesto, Jane Santos, não houve acordo. “Nós conversamos com eles e fomos atendidos, tivemos um diálogo, mas eles disseram que não pretendem atender nenhuma das reivindicações, por isso continuaremos aqui, sem prazo para ir embora”, disse na ocasião.
17/10 – reunião com a presença de ativistas dos direitos dos animais, funcionários da prefeitura e representantes do laboratório foi cancelada porque a empresa informou que, por segurança, não mandaria um representante. No fim da noite, a Polícia Civil de São Roque informou que registrou um boletim de ocorrência sobre a denúncia de maus-tratos.
18/10 – o movimento ganhou adesões após boatos de que a empresa estava preparando a retirada e o sacrifício dos animais, depois que três vans e um caminhão de pequeno porte entraram no laboratório durante a tarde do dia anterior. Na madrugada, ativistas invadiram o laboratório e retiraram vários animais do local. Ao Bom Dia São Paulo, o instituto Royal afirmou que realiza todos os testes dentro das normas e exigências da Anvisa e que a retirada dos animais do prédio prejudica o trabalho que vinha sendo realizado. Segundo o laboratório, que classificou a invasão como ato de terrorismo, a ação dos ativistas vai contra o incentivo a pesquisas no país.
Fonte: G1