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RELATÓRIO

Crise climática intensifica piora da “saúde planetária”, alertam cientistas

Excesso de calor provocou o aumento da acidificação dos oceanos, o que compromete sucessivos ecossistemas marinhos em um efeito dominó.

25 de setembro de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Jon Tyson / Unsplash

Mais um limite planetário foi transgredido. Dessa vez são as superfícies dos oceanos, que ficaram de 30% a 40% mais ácidas desde a Revolução Industrial, aponta o novo relatório do Instituto Potsdam de Pesquisa do Impacto Climático (PIK, na sigla em Alemão). De acordo com os cientistas, a alteração cria um efeito dominó no ambiente marinho, comprometendo diversos ecossistemas, desde as conchas de pequenos caracóis a recifes de corais.

Como o Guardian pontuou, os oceanos cobrem 71% da superfície da Terra e desempenham um papel essencial na estabilização do clima e podem ser considerados os “guardiões anônimos da saúde planetária”. Os cientistas temem que a alteração possa comprometer a capacidade destes guardiões de absorver de 25% a 30% do dióxido de carbono da atmosfera.

Folha lembrou que o acompanhamento feito pela Iniciativa Planetary Guardians, da qual o relatório faz parte, já indicava em 2024 que a acidificação dos oceanos seria a próxima fronteira a ser superada. Além dos oceanos, outros seis limites planetários já foram violados: mudanças climáticas, integridade da biosfera, uso do solo, uso de água doce, fluxos biogeoquímicos, e a introdução de novos elementos (como organismos geneticamente modificados).

Os únicos que ainda estão em zona segura são a camada de ozônio e a carga de aerossóis na atmosfera – problemas que foram enfrentados com ações e políticas globais nas últimas décadas, com a assinatura do protocolo de Montreal (1987).

“O que este exame de saúde demonstra repetidamente é que temos um sistema terrestre interligado e interconectado. Seria fatal se nos concentrássemos nas mudanças climáticas, porque, como vemos, há seis outros limites que foram transgredidos. E, na verdade, também estamos aumentando a pressão sobre todos esses sete limites”, disse Levke Caesar, coautor do relatório, ao site Grist.

Fonte: ClimaInfo

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