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Criminosos sequestram cães de raça para revender em Brasília

24 de dezembro de 2014
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(Imagem: reprodução)
(Imagem: reprodução)

Um novo tipo de crime tem chamado a atenção em Brasília: criminosos estão sequestrando cães de raça para revender.

Os tutores devem ficar mais atentos, mas o alerta vai principalmente para quem quer comprar um cachorro, porque o objetivo de quem sequestra os cães é ganhar dinheiro.

É fundamental cobrar a carteira de vacinação do cachorro à venda, pedir fotos de outros filhotes, checar com um veterinário a idade do cachorro.

Era o caminho de sempre na hora de sempre, perto de casa. Dona Maria, de 78 anos, fazia o segundo passeio do dia com o cachorro, quando o sequestrador se aproximou

“Chegou perto, assim, brincou com ele assim e falou: ‘Ele morde?’ Falei: ‘Não, ele é bebê’. Quando eu falei, ele agachou assim, pegou, passou a mão nele assim, porque ele é muito dócil, sabe? Brincalhão mesmo. Aí ele pegou e fez assim com ele, abraçou e falou assim: ‘Ah, isso aqui dá uma boa grana!’”, conta a aposentada Maria Antonia dos Santos.

O neto da dona Maria espalhou fotos, inclusive em redes sociais, e descobriu vários casos parecidos. Cachorros de raça levados por criminosos.

Depois de espalhar a notícia, procurar a polícia, o Otto, um border collie, reapareceu, nesta segunda-feira (22), na porta de casa. Acabou o sofrimento.

“Fiquei muito feliz de ele ter voltado”, diz Maria Antonia Santos.

Mas os dois shih tzu de uma casa foram sequestrados há quase quatro meses. Uma pessoa entrou pela cerca. Os cães nunca apareceram.

Sequestradores de cachorro não escolhem a hora. Se aproveitam da desatenção do tutor durante passeios, muitas vezes feitos à noite, quando devem ser evitados locais desertos e escuros. A maioria dos cães sequestrados são pequenos ou médios, caros, e em geral, mansos.

A diretora de uma ONG, defensora de animais, faz uma campanha para alertar que quem compra deve ter certeza de onde vem o cachorro, onde estava sendo criado, o veterinário que o vacinou.

“Em hipótese alguma comprar animal de feira, pela internet, aquela pessoa que está vendendo nos fundos do carro, né? Abre o porta-mala do carro. Porque você não sabe de onde aquele animal veio. E a boa parte desses animais sequestrados vai para a venda direta ou para se transformar em fábrica de filhote”, recomenda a diretora geral da Proanima, Simone Lima.

A polícia alerta: é bom desconfiar da oferta. “Principalmente quando se tem uma desproporção muito grande entre o valor do real daquele animal”, afirma o delegado Fernando Cesar Costa.

O sequestro de animais é crime. A compra também. O criminoso responde por maus-tratos de animais e pode ser condenado a um ano de prisão. Se o crime tiver sido cometido dentro da casa da vítima, a pena pode ser maior, porque o sequestrador responde também por invasão de propriedade.

Fonte: G1

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