Bandidos de gangue que realizava lutas entre cachorros foram presos por uma série de crimes contra o bem-estar animal. Os cães suportaram regimes de treinamento brutais e foram privados de comida até atingirem o peso de luta antes de serem colocados em combates onde muita vezes lutavam até a morte, conforme foi informado hoje (03/06) no Tribunal.
A lutas realizadas na Inglaterra, Irlanda e França deixava os cães com ferimentos graves, incluindo pernas quebradas. Além disso, eles foram mantidos em condições sujas, alguns sem acesso a água potável limpa ou cama adequada, sendo deixados em gaiolas e sozinhos por longos períodos.
Os cachorros feridos eram tratados pelos suspeitos com kits médicos improvisados, em vez de serem levados a veterinários qualificados, para evitar que fossem encontrados.
O juiz Jamie Sawyer disse que a gangue demonstrou “um nível chocante de barbarismo e insensibilidade” em relação aos cães envolvidos no caso. Ele acrescentou que as lutas eram altamente planejadas. “Os cães foram tratados como uma mercadoria por cada um de vocês. Eles eram peças do seu jogo” disse o Sawyer aos réus.
Grande parte das principais evidências do caso veio de um telefone pertencente a Phillip Harris Ali, conhecido como Doctor Death (em português, Doutor Morte). Isso incluía fotos e vídeos dos cães e relatos macabros das lutas detalhando como os animais eram colocados uns contra os outros, enviados pelo aplicativo de mensagens criptografadas Signal. Ali foi condenado a cinco anos no total por 10 delitos sob a Lei de Bem-Estar Animal.
Seu “braço direito”, Stephen Albert Brown foi condenado a dois anos e seis meses de prisão depois de ser considerado culpado por cinco delitos sob a Lei de Bem-Estar Animal. Conhecido como o “homem da medicina”, ele conseguiu medicamentos veterinários ilegais e equipamentos e estava envolvido no treinamento de cães e na organização de lutas.
O personal trainer Billy Leadley, que tinha um ringue de luta de cães em sua casa, foi condenado a um total de quatro anos por 12 delitos. O juiz disse que ler um relatório de uma luta de 58 minutos na qual Leadley foi árbitro, na qual um dos animais sofreu duas pernas quebradas, foi “horrível”.
Sua esposa, a cabeleireira Amy Leadley que não estava diretamente envolvida no ringue, foi condenada por várias infrações relacionadas à manutenção de instalações para lutas de cães e por não cuidar adequadamente dos cães. Ela recebeu uma ordem comunitária de 18 meses, 200 horas de trabalho não remunerado e 25 dias de atividade de reabilitação.
Todos os quatro réus foram proibidos de possuir cães por 10 anos.