Foram cinco dias de luta, mas a cadela Vida não resistiu. O animal, encontrado no último fim de semana, em Palhoça, SC, com 85% do corpo queimado, morreu quinta-feira (4). Mas os criminosos ficarão impunes, pelo menos, por enquanto.
O caso de Vida revoltou representantes de órgãos que atuam em defesa dos animais do mundo inteiro. Milhares de e-mails têm circulado pela internet para divulgar a história e pedir punição aos envolvidos.
A notícia chegou até a sede da Unesco — orgão mundial que cuida de educação, ciência e cultura —, que já teria providenciado o envio de advogados à região, segundo a médica veterinária Daniele Ody Spaniol, que cuidava da cadela.
O envio dos e-mails também lotou a caixa do Ministério Público de Palhoça. Porém, o promotor ambiental José Cardoso afirma que, por enquanto, não há o que fazer.
“É como um crime: se não se sabe quem foi, não temos a quem punir.”
Meninos são suspeitos
Os moradores da Barra do Aririú preferem não apontar suspeitos, mas desconfiam de um grupo de meninos que estava próximo ao animal pouco antes do acontecido.
De acordo com a Delegacia de Polícia de Palhoça, ainda não há boletim de ocorrência e nem investigações sobre o caso.
Nenhum dos delegados da cidade foi localizado durante o dia, ontem.
Animal chegou a reagir
Segundo Daniele, o tratamento intensivo com pomadas e hidratação chegou a amenizar os ferimentos externos da cadela e ela respondeu muito bem ao tratamento.
Porém, as queimaduras provocaram ferimentos graves internos, o que provavelmente provocou a morte.
Depois que o caso foi veiculado na imprensa, dezenas de pessoas procuraram o local para ajudar na recuperação da cadela. Num caderno, Daniele anotou o nome de 45 pessoas que ligaram, a quem agradece.
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Com informações do Diário Catarinense