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Cães são envenenados no interior de SP

16 de junho de 2009
2 min. de leitura
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A crueldade contra animais gerou indignação dos moradores de Rio Pardo (SP). Pelo menos três cães morreram por suspeita de envenenamento nos últimos dois meses.
No último dia 11, dois cachorros do empresário Marcos Lazaretti, 55 anos, foram mortos. O cocker Guga, 13 anos, e o retriever labrador Thor, 7, estavam próximos da residência. “Eles saíam de vez em quando para dar uma volta na quadra”, reconhece o dono. Pelos sintomas apresentados, Lazaretti acredita que houve consumo de estricnina. “Chegaram em casa com o corpo tremendo. Era uma convulsão muito forte”, relembra.

O falecimento dos cães revoltou o empresário. “É uma perda grande. A gente cria com carinho, se apega. É difícil acreditar que alguém faça uma coisa dessas”, desabafa. “O cocker protegia os membros da família e o labrador era dócil.” O empresário registrou queixa na Polícia Civil e recomenda que os proprietários de animais envenenados façam o mesmo.

O dentista Luciano Noal, 31 anos, também passou por uma situação parecida. Apesar das evidências serem semelhantes às de um envenenamento, ele não descarta que sua retriever labradora Nalah tenha falecido de outra maneira. “Num dia, ela estava bem. No outro aparentava cansaço e de tardezinha, morreu”, lamenta. Entre os sintomas verificados antes do óbito, a cadela teve vômito. “Era muito companheira”, diz Noal.

Fonte: Gazeta do Sul

Venda proibida

Conforme a veterinária Heloísa Poeta, tanto a estricnina como o chumbinho – ambos têm venda proibida no mercado – podem ser fatais se o animal ingerir. Para fisgar as vítimas, os criminosos utilizam “armadilhas”, como pães, carne e salame. “As pessoas nunca devem deixar os cães, principalmente de raça, na rua”, recomenda. Heloísa pede ainda que os donos ofereçam apenas ração aos animais. “Evitem dar carne crua, bolinho de carne ou salsicha”, aconselha.

O envenenamento de animais consta na lei federal de crimes ambientais, de 1998. O artigo 32 diz que é considerado crime ambiental “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. A pena é detenção de três meses a um ano e multa. De acordo com a veterinária, uma outra forma de evitar o problema é não permitir a procriação descontrolada, por meio de castração. Em Rio Pardo, a Prefeitura realiza esse serviço. A esterilização custa R$ 40,00 para cachorros e R$ 80,00 para cadelas.

Sintomas

Os principais sintomas de envenenamento por estricnina ou chumbinho são: salivação excessiva, lacrimejamento, secreção nasal, aumento dos sons respiratórios por broncoconstricção, dificuldade respiratória, edema pulmonar, diarreia, diminuição dos batimentos cardíacos, constricção da pupila, tosse, vômito, micção frequente, incoordenação motora. Depois aparecem tremores musculares, espasmos e hiperatividade. Nem todos os animais apresentam os mesmos sintomas. A morte se dá por insuficiência respiratória e asfixia (paralisia dos músculos respiratórios). Não é recomendado dar leite ou qualquer outra bebida ao animal.

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