Em sua coluna desta semana, Glauco Arbix comenta relatório da Unicef, segundo o qual as crianças são as mais atingidas pelas mudanças climáticas em todo o mundo. Na verdade, pesquisas dão conta de que cerca de 1 bilhão de crianças com até 6 anos de idade já vive consequências graves de mudanças climáticas por causa do aumento da frequência de ondas de calor, de secas, ciclones ou furacões, de enchentes e de poluição de ar, “que acaba gerando e multiplicando doenças ligadas ao sistema pulmonar”. As crianças – sobretudo as que vivem em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil – são as mais vulneráveis a todos esses fatores.
A Unicef, lembra o colunista, reforça a tese de que a crise das mudanças climáticas é uma crise das crianças, como demonstram, inclusive, os números. “As gerações que hoje estão com menos de 40 anos vão viver exatamente situações sem precedentes”, por obra e graça das mudanças abruptas do tempo. “A Unicef alerta para essas evidências e mostra que, apesar de as crianças serem as maiores vítimas, são geralmente subestimadas nas políticas públicas, que pouco tratam, no mundo inteiro e também aqui no Brasil, das dificuldades que as crianças têm para respirar, para conseguir sobreviver em meio a secas enormes, avassaladoras, ou em meio às enchentes, como a gente está vendo inclusive aqui no Brasil.”
Fonte: Jornal da USP