Para aproveitar a clientela de um shopping de produtos animais do outro lado da rua, vendedores interessados em lucrar com a cruel atividade da venda de animais negociam filhotes de cães e gatos a preços que variam de R$ 800 a R$ 2.000 na praça Dr. Agostinho Betarello, na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo).
A atividade é ilegal, diz a prefeitura.
No domingo passado havia 20 vendedores, alguns distribuíam cartões de canis e dividiam o pagamento em cartão de crédito. Os filhotes ficam amontoados em caixas de papelão ou no porta-malas.
“Estou fazendo R$ 800 nessa yorkshire, duas vezes no Visa. Tenho empresa e você sai daqui com tudo legalizado”, diz a vendedora Rita Landi, do canil Orion Centurion, na Raposo Tavares.
O Centro de Controle de Zoonoses diz que tem feito ações para coibir o comércio de animais e que em maio foram apreendidos 31 filhotes no local, depois tratados e levados para adoção.
Com informações da Folha de São Paulo
Nota da Redação: O comércio de vidas é interessante apenas para os gananciosos sem caráter e desprovidos de ética, que visam ganhar dinheiro da pior forma possível: criando animais para a reprodução e vendendo vidas. A esse mercado devemos boa parcela dos animais abandonados, que se multiplicam, sofrem e morrem todos os dias, enquanto criadores dedicam-se a forçar animais a se reproduzirem para serem comercializados. É um comércio podre e criminoso, responsável não apenas pelo sofrimento dos animais envolvidos e tratados como mercadoria, mas também pelo crítico quadro de abandono geral. Abominável e digno de uma pena severa.