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Criada comunidade online para registar observação de aves em Portugal

15 de janeiro de 2010
2 min. de leitura
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Seja melro ou pardal a ave que observamos a caminho do emprego ou da janela de casa, já é possível registá-la no PortugalAves, plataforma online lançada em dezembro para reunir as observações feitas por qualquer pessoa. A ferramenta, que substitui o tradicional caderno de campo, já tem 208 inscritos.

Esta base de dados permite centralizar e melhorar a monitorização das espécies (Foto: Paulo Ricca)
Esta base de dados permite centralizar e melhorar a monitorização das espécies (Foto: Paulo Ricca)

Quem se registar no portal fica a saber que hoje visitaram o jardim do Cabeço das Rolas, no Parque das Nações, em Lisboa, onze melros, oito piscos-de-peito-ruivo, dois tentilhões, um pintassilgo e outras dez espécies de aves. Na Lagoa de Óbidos foram observados esta manhã seis maçaricos-reais, em voo, e cinco gansos-de-faces-pretas. Uma coruja-do-nabal foi vista a alimentar-se na margem esquerda do rio Cávado, perto do Parque Natural do Litoral Norte.

O site, em testes há já seis meses, permite o registo online das aves observadas em Portugal por todos os cidadãos. É possível saber que aves se encontram em cada local e trocar informações entre observadores nacionais ou estrangeiros.

“Gostávamos que as pessoas começassem a dar mais importância à observação das aves”, explicou Ana Meirinho, responsável pelo projecto da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (Spea). “O maior benefício desta ferramenta será a divulgação da actividade em Portugal, não só junto de pessoas que já trabalham na área mas também para trazer quem tenha pouco contacto com o assunto”.

De momento, o portal tem 208 pessoas inscritas, o que se traduz em 14.054 observações de 325 espécies de aves.

Qualquer pessoa se pode registar e nem precisa ser grande conhecedor. “Pode participar quem observa as aves da janela lá de casa ou num jardim público. Podem ser melros e pardais ou espécies mais raras”, acrescentou ao PÚBLICO.

Quem tiver dúvidas, por exemplo, sobre a espécie observada pode enviar um email à Spea a pedir informações. Quem quiser proteger determinada ave rara pode escolher não disponibilizar esses dados online.

Esta base de dados permite à Spea centralizar e melhorar a monitorização das espécies de aves no território nacional e aos observadores “gerirem individualmente as suas observações e pesquisar sobre locais ou espécies”.

Ana Meirinho adianta que, no futuro, a Spea quer trabalhar esta informação sobre a avifauna em Portugal para conhecer quais os sites mais visitados e as aves observadas. “Mas por enquanto trata-se apenas de um local para armazenar e consultar dados”.

O portal é a versão portuguesa da plataforma Worldbirds, ativa em 135 países.

Fonte: Público

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