Na última quinta-feira (15), foi criada oficialmente a maior área internacional de conservação da vida selvagem na África, que abrange as fronteiras de Botsuana, Angola, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue.
A nova Área de Conservação Transfronteiriça Kavango Zambezi (KAZA, na sigla em inglês) abrange 109 milhões de hectares. O local protegido possui 36 reservas naturais em torno dele.
Há anos a KAZA está sendo idealizada. Em agosto de 2011, os governos dos cinco países envolvidos assinaram um “memorando de entendimento” e se comprometeram a desenvolver a área. A cerimônia de assinatura do tratado foi no dia 15 de março de 2012, tornando a KAZA oficial.
Segundo a organização de conservação WWF (World Wildlife Fund), a KAZA é o lar de 44% dos elefantes da África. 600 espécies de plantas e 3.000 espécies de aves também vivem na zona preservada, que contém a famosa Victoria Falls, uma das maiores quedas d’água da Terra.
A área também inclui o Delta do Okavango, em Botsuana, um pântano que fornece refúgio e água para crocodilos, leões, leopardos, hienas, rinocerontes, macacos e outros animais, incluindo o cão selvagem africano, atualmente em perigo de extinção.
Muitos desses animais são vulneráveis à invasão humana, especialmente a caça furtiva. Em 2010, por exemplo, 333 rinocerontes foram mortos na África do Sul, em grande parte para atender à demanda de seus chifres, que são usados na medicina tradicional asiática.
Ou seja, a conservação da KAZA enfrenta muitos desafios, como a população humana crescente. A WWF calcula que 1,5 milhões de pessoas dependem dos recursos encontrados na área vasta, o que torna a sua gestão mais difícil.
Porém, ambientalistas esperam que os sistemas de conservação ligados reabram as rotas de migração de animais e promovam a cooperação transfronteiriça para proteger a vida selvagem.
Fonte: HypeScience