No interior, manter aves silvestres em cativeiro é uma prática comum. E os números do 2º Batalhão de Polícia Ambiental, que abrange 39 cidades da região, confirmam isso. Já que a prática descrita é crime ambiental. Somente este ano, Bauru vive uma média de quatro aves apreendidas por dia. Até esta quinta (27), 351 espécies de aves silvestres foram encontradas em cativeiros na região. O que representa um salto, em todo ano de 2013 foram resgatadas 451 aves.
Segundo o Soldado Alexsandro Pelegrino, da polícia ambiental, realmente é uma questão ‘cultural’ manter pássaros silvestres em cativeiro, mas o aumento de apreensões é justificado por dois fatores: cada vez mais a população denuncia os casos e o aumento da fiscalização. Vale ressaltar que manter estas aves em cativeiro é crime, que pode gerar advertência e multas, o teto desta penalidade é de R$ 50 milhões. O Soldado Pelegrino ainda ressalta que as multas levam em consideração os agravantes de cativeiro e maus tratos. Além disso, manter pássaros em extinção gera multa de R$ 5 mil por ave. Os pássaros apreendidos tem dois destinos: ser soltos em seus habitats naturais, ou, em caso de maus tratos, a Justiça determina um local para eles, que pode ser hospitais veterinários ou zoológicos.
Debate/ Em paralelo a estes dados, o Sesi de Bauru promoveu encontro para debater o Novo Código Florestal, com a presença do prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB), do Secretário de Estado do Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB), entre outras autoridades. Covas ressaltou a importância do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Após o Ministério do Meio Ambiente regularizar o CAR, todo produtor que estiver fora dele, atuará na ilegalidade.
Fonte: Diário de S. Paulo
Nota da Redação: Manter qualquer animal em cativeiro ultrapassa os limites da cultura. Seres sencientes como os humanos, têm o direito à liberdade e ao respeito e não é a ‘cultura’ que pode justificar essa quebra de valores.