A Polícia Civil investiga a morte de quatro cães por suspeita de envenenamento em Cravinhos entre a última segunda e terça-feira. Em menos de 24 horas, seis animais passaram mal após comer carne crua de uma marmita deixada em uma praça no Centro da cidade.
De acordo com a responsável pelo Centro de Zoonoses, Ana Carolina Silveira Saquy, quatro casos foram registrados na segunda-feira, mas apenas um dos animais sobreviveu. “Ficamos sabendo que dois que morreram. Quando fui atender o terceiro na praça, ele já tinha morrido”, relata.
Após ter notado que os casos eram próximos, Ana Carolina afirma ter realizado buscas nas praças do Centro da cidade para tentar encontrar a fonte do envenenamento. Na praça Luiz Barreto, ela encontrou uma marmita com pedaços de carne crua.
“Tinha um cheiro estranho e um líquido branco bem espesso. Tirei a marmita de lá na hora e congelei até o delegado levar para a perícia no outro dia”, afirma a responsável pelo CCZ.
Já na terça-feira, Ana Carolina afirma que outros dois cães passaram mal, e um deles morreu. “Eu acho que tinha algum resto da comida da marmita na praça, e eles encontraram”, diz.
O cão que passou mal na terça-feira foi levado para uma clínica veterinária e liberado no final da tarde.
Segundo a veterinária Natália Ribeiro Selli, o animal apresentava sinais clássicos de envenenamento, como falta de oxigênio, diminuição dos batimentos cardíacos e hipotermia. “Pelos sintomas e o histórico, acredito que ele foi envenenado”, afirma a mulher.
Pena
O promotor Wanderley Baptista da Trindade Júnior diz que o autor do crime não só cometeu um crime ambiental, como também de dano moral coletivo.
“Este caso trouxe uma indignação coletiva, teve muita crueldade. Além das acusações, irei pedir R$ 50 mil de indenização para os tutores dos cães”, relata.
Segundo o promotor, um inquérito policial foi instaurado e imagens de câmeras de segurança estão sendo recolhidas para ajudar a encontrar o autor do crime. “Nós também não descartamos o vínculo que este suspeito seja responsável pelo cachorro abandonado em um terreno, em dezembro de 2013. Isso também será investigado”, aponta.
Fonte: A Cidade