O inverno tem seu início no dia 21 do próximo mês, porém as temperaturas já começaram a cair desde o final do mês de abril. Em consequência desta mudança de temperatura, o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, das Ciências e Tecnologia (Semac) e ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), está adotando procedimentos especiais em função do frio.
“Reforçamos a tela de proteção do lugar onde ficam os animais e colocamos lona nos recintos abertos, principalmente nos lugares onde ficam os animais que estão em tratamento e observação”, revela o biólogo e coordenador do CRAS, Élson Borges. O centro está localizado no Parque Estadual do Prosa e conta com 24 recintos para aves, mamíferos e répteis, cozinha acoplada a um biotério e área para filhotes e animais em observação. “Em decorrência da fragilidade, ficamos em estado de alerta também na área para filhotes. Se o frio for muito grande, colocamos aquecedor no recinto”, reforça o coordenador.
Élson ainda explica sobre a situação de alguns animais que já chegam feridos e em péssimas condições ao centro. “Alguns animais chegam aqui em péssimas condições. Muitos deles provenientes de maus-tratos, e alguns que aparecem em residências, devido ao desmatamento. Já feridos, os animais podem sofrer hipotermia facilmente”, conclui. O centro de reabilitação hoje conta com aproximadamente 900 animais silvestres. Desse total, 68% são aves, 20% mamíferos e 12% répteis. As espécies que mais aparecem por lá são: o papagaio-verdadeiro, curió, canário-da-terra, tucano, arara-canindé, pássaro-preto, macaco-prego, gambá-de-orelha-branca, quati, sagui-de-tufo-preto, veado-catingueiro, jabuti, jiboia, cágado, caiçaca, sucuri e falsa-coral.
Soltura
A maioria dos animais que chegam ao CRAS não ficam lá para sempre. A prioridade é a devolução para a natureza. Em alguns casos são enviados a zoológicos e criadores de outros Estados. “A demanda de animais que vem para o Centro é grande. Os animais são avaliados e, de acordo com a área de ocorrência do animal, ele é solto em ambiente adequado para o seu habitat”, revela o coordenador. Após a liberação dos animais na natureza, eles são monitorados diariamente ao longo de cinco dias. Em seguida, técnicos ambientais fazem visitas mensais às fazendas, realizando um monitoramento periódico e colhendo informações.
Visite o CRAS
As visitações são realizadas às terças-feiras, quintas-feiras e sábados, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas, por grupos de até 15 pessoas. Os visitantes são acompanhados por um guia capacitado, que fala sobre noções de educação ambiental, as consequências negativas do tráfico de animais silvestres, assim como o trabalho desenvolvido no CRAS. É necessário agendar o passeio com antecedência pelo telefone (67) 3326-6003.
Fonte: MS Aqui