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Cram já está com 139 pinguins atingidos por óleo no RS

28 de junho de 2011
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Técnicos e estagiários do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da Furg estão mobilizados no tratamento das dezenas de pinguins sujos de óleo que estão no local. Com a chegada de 91 animais no fim de semana, dos quais 57 enviados pelo Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) e 34 pela equipe do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, nesta segunda, 27, já chegava a 139 o número de pinguins em tratamento no Cram. Em torno de 10 pessoas, entre técnicos e estagiários encaminhados por universidades da região, atuam, diariamente, nas atividades de recuperação dessas aves.

Esses animais foram encontrados desidratados e desnutridos na beira da praia na região de Mostardas, de São José do Norte, Cassino e litoral norte. Para reabilitação, eles são submetidos a exames e recebem hidratação e alimentação. Também recebem banho superficial, com água morna, para retirada de fezes das penas, e são mantidos sob lâmpadas infravermelhas para secagem e aquecimento.

Animais são vítimas de danos ambientais. Foto: Deyver Dias

Assim que estiverem mais fortes, os pequenos animais serão submetidos a banho com detergente neutro para retirada do petróleo de suas plumagens. De acordo com a Furg, não há informações sobre a origem do óleo que os atingiu, mas a suspeita é de que o produto tenha sido liberado por embarcações durante operação clandestina de troca de combustível.

No outono, os pinguins-de-Magalhães saem de suas colônias de reprodução, localizadas na Patagônia, e vêm para a costa do Brasil em busca de alimento. Durante o deslocamento, são afetados por manchas de óleo no mar. Além dos que foram encontrados petrolizados e vivos, também foram encontradas diversas dessas aves mortas e cobertas de óleo. O Ministério Público Federal (MPF/RS) instaurou procedimento no Núcleo do Meio Ambiente para apurar a causa destas ocorrências.

A área criminal da Procuradoria da República no Rio Grande do Sul também entrou com requerimento à Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (DELEMAPH), da Polícia Federal, em Porto Alegre, a instauração de inquérito policial para apurar os crimes ambientais decorrentes das lesões e mortes de animais marinhos e outros eventuais danos ambientais decorrentes.

Fonte: Jornal Agora

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