Esses animais foram encontrados desidratados e desnutridos na beira da praia na região de Mostardas, de São José do Norte, Cassino e litoral norte. Para reabilitação, eles são submetidos a exames e recebem hidratação e alimentação. Também recebem banho superficial, com água morna, para retirada de fezes das penas, e são mantidos sob lâmpadas infravermelhas para secagem e aquecimento.
Assim que estiverem mais fortes, os pequenos animais serão submetidos a banho com detergente neutro para retirada do petróleo de suas plumagens. De acordo com a Furg, não há informações sobre a origem do óleo que os atingiu, mas a suspeita é de que o produto tenha sido liberado por embarcações durante operação clandestina de troca de combustível.
No outono, os pinguins-de-Magalhães saem de suas colônias de reprodução, localizadas na Patagônia, e vêm para a costa do Brasil em busca de alimento. Durante o deslocamento, são afetados por manchas de óleo no mar. Além dos que foram encontrados petrolizados e vivos, também foram encontradas diversas dessas aves mortas e cobertas de óleo. O Ministério Público Federal (MPF/RS) instaurou procedimento no Núcleo do Meio Ambiente para apurar a causa destas ocorrências.
A área criminal da Procuradoria da República no Rio Grande do Sul também entrou com requerimento à Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (DELEMAPH), da Polícia Federal, em Porto Alegre, a instauração de inquérito policial para apurar os crimes ambientais decorrentes das lesões e mortes de animais marinhos e outros eventuais danos ambientais decorrentes.
Fonte: Jornal Agora