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CPI dos Maus-Tratos a Animais investigará repasses federais ao Instituto Royal

26 de agosto de 2015
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O presidente da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga maus-tratos cometidos contra animais, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), afirmou que o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), órgão ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, tem responsabilidade no caso do Instituto Royal. O cadastro do instituto no órgão só foi feito em 2013. Entretanto, repasses do governo federal foram realizados antes daquele ano.
O Instituto Royal foi acusado, em 2013, de usar métodos cruéis contra animais durante pesquisas e testes de produtos farmacêuticos.
“A verba que foi para lá [Instituto Royal], do Ministério de Ciência e Tecnologia, é ilegal, porque o Instituto Royal não estava devidamente cadastrado. Agora falta a gente saber como foi usado isso e porque usaram os animais se existiam testes alternativos”, disse Izar.
Sediado em São Roque (SP), o laboratório do instituto foi invadido por dezenas de ativistas em outubro de 2013. Aproximadamente 150 cães da raça Beagle foram resgatados do local.
Comissões de ética
O biólogo Frank Alarcón, que representa a organização não governamental britânica Cruelty Free International no Brasil, afirmou que a situação do Instituto Royal é apenas a ponta do iceberg da experimentação com animais praticada no País.
Frank Alarcón criticou a atuação falha das Comissões de Ética no Uso de Animais, as Ceuas. “Todo o sistema de acompanhamento e normatização de experimentação animal está equivocado. Esperamos que, com essa CPI, possamos fazer propostas para melhorá-lo, ou talvez erradicá-lo, o que seria o melhor dos mundos, já que animais não são objetos e não merecem ser tratados como coisas”, afirmou.
O professor Carlos Zanetti, da Universidade Federal de Santa Catarina, concordou com o biólogo. Ele fez parte da Ceua da universidade em que leciona e depôs como testemunha na CPI.
Fonte: Cenário MT

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