Moesio Rebouças
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Cotias, lá se vão dois meses de enjaulamento e desrespeito. Até quando?
No dia 28 de março, completam-se dois meses que aproximadamente 40 cotias estão sem liberdade, confinadas em sub-condições e total precariedade no minizoológico instalado no Parque Ecológico Cotia-Pará, em Cubatão (SP).
Exatamente dois meses onde as “autoridades ambientais” retiraram estes animais do Parque Anilinas e os depositaram num local feio, sinistro, quando chove alaga, improvisado, pequeno, cheio de pedregulhos, com mato crescendo, sem árvores. Um ambiente muito, mas muito diferente do habitat no qual elas viviam soltas há décadas, numa área de mais de 50 mil metros quadrado, gramada, arborizada, bucólica.
Na época da “transferência” (leia-se condenação), as “autoridades ambientais” diziam que as cotias ficariam ali “temporariamente”, que elas seriam encaminhadas para outros locais no estado de São Paulo. Mas já estamos entrando no terceiro mês e até agora não aconteceu nada. E o que me deixa apreensivo e temeroso é que o histórico deste minizoológico municipal é de desrespeito, descaso e maus-tratos aos animais.
Aliás, quais os locais que as “autoridades ambientais” pretendem “transferir” estes animais? Alguma coisa me diz que a “coisa” foi feita tão no improviso, “nas coxas”, que eles nem sabem para onde vão levar estas cotias.
Neste contexto de lambanças, vale lembrar uma fala da autoridade máxima do Ibama Baixada Santista, Ingrid Öberg: “Verificamos que o recinto construído no Horto [minizoológico] é satisfatório e ali elas [cotias] estarão recebendo os cuidados veterinários necessários, diferentemente do que ocorria no Parque Anilinas”.
Sábado (dia 26 de março) eu fui ao minizoológico. Tenho nojo deste lugar. É muita desconsideração aos animais.
Para protestar e entender melhor o “caso cotias” entre nos links abaixo.
• Autoridades de Cubatão (SP) tratam cotias de forma indigna ao transferi-las de parque para minizoo
• Mais de 50 cotias são vítimas da covardia e estupidez humana em Cubatão