Há cerca de 25 anos a campineira Elizabeth Morelli Albertin costura para animais resgatados de cativeiro ou acidentes em períodos de recuperação. A produção é farta: edredons com recheio de manta acrílica, colchonetes , travesseiros acolchoados de tule, trançados para escalada, cortinas de náilon e rede feita com jeans. Basta à criatividade aguçar e Beth é capaz de gerar não apenas materiais, mas também aconchego, segurança e abrigo para os animais.
Dona Beth, desde criança, gostava de costurar. Menina ainda produzia roupas para as bonecas; depois passou a costurar vestimentas para crianças carentes e então descobriu que não eram só as pessoas que precisam de ajuda, mas também os animais.
Atualmente, a costureira ajuda gestantes carentes por meio de hospitais filantrópicos, mas para ela os animais são prioridade. “Principalmente em época de frio, eles precisam de tudo. Para criança tem muita gente que faz; para animal ninguém faz”.
A arte voluntária ganhou um reforço técnico da zoóloga Eliana Ferraz, coordenadora de Canídeos da Associação Mata Ciliar de Jundiaí (SP) e membro da Comissão de Bem Estar Animal da Sociedade de Zoológicos do Brasil. A orientação é de que as peças não podem ser de tricô, crochê ou ter emendas por fora para não desfiar e o bicho se enrolar nos fios e linhas.
Para a zoóloga, as doações de dona Beth e seu Walter são grandes contribuições. “Tudo é muito importante e necessário para o enriquecimento físico dos ambientes no cativeiro e o bem-estar dos animais”.
Fonte: G1