Por Raquel Soldera (da Redação)
O Jockey Club divulgou recentemente os resultados de um estudo que concluiu que os cavalos forçados a participar de corridas estão morrendo nos Estados Unidos e Canadá, mais que o dobro da média de qualquer outro país, provavelmente pelas mesmas razões já denunciadas pela organização em defesa dos animais PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais): drogas e pistas de terra.
Os cavalos forçados a participar de corridas nos Estados Unidos e Canadá geralmente correm em pistas de terra, e o uso de muitas drogas que mascaram a dor causada pelos ferimentos ainda é permitido. A taxa de morte dos cavalos nos Estados Unidos e Canadá é de 2,04 em cada 1.000 corridas realizadas. Já na Inglaterra, onde os cavalos estão correndo com menos frequência e, principalmente, em gramado, e onde o uso de produtos dopantes é muito mais rigoroso, a taxa é de 0,8 a 0,9. Em Victoria, na Austrália, o risco de fatalidade cai ainda mais, para 0,44, mas ainda existe.
As corridas em pistas de terra são prejudiciais a cada articulação do corpo de um cavalo. Isso causa lesões nos ossos da perna, joelhos e tornozelos, para sustentar o impacto significativo. E, independentemente das suas lesões, estes animais são ainda muitas vezes forçados a continuar participando de corridas, quando deveriam estar se recuperando. Eles são dopados com uma série de drogas, usadas para mascarar a dor, o que pode levar os cavalos a caírem durante as corridas, muitas vezes causando a morte dos animais. Na Califórnia, onde as faixas de terra foram substituídas por superfícies sintéticas, o número de cavalos que sofrem ferimentos catastróficos durante as corridas despencou 40%.
No entanto, independentemente do tipo de pista utilizado para a realização de corrida de cavalos, esta é uma prática que deveria ser abolida em todo o mundo. É mais uma atividade criada para o entretenimento do ser humano, onde os animais são explorados e têm os seus direitos violados. Ou seja, esse é mais um exemplo de sofrimento, tortura e exploração praticados contra esses seres que são, como nós, sujeitos de direito e cuja senciência é comprovada.
Precisamos parar de criar regras no intuito de manter práticas de exploração injustificáveis, perpetuando a submissão dos animais em detrimento do prazer e da ganância dos seres humanos. Precisamos parar de tratar os animais como meras mercadorias, colocando um fim nessa cadeia de sofrimento, por meio da mudança definitiva no comportamento de cada indivíduo.
Com informações de PETA