O golfinho-corcunda do Indo-Pacífico é um parente distante do golfinho mais comum. Ele está listado como “quase ameaçado” pela União Internacional para Conservação da Natureza.
Os habitats costeiros estão sendo prejudicados pelo desenvolvimento, de forma que a compreensão da estrutura populacional do golfinho corcunda do Indo-Pacífico em conjunto com fatores ambientais é um passo importante para proteger a espécie.
Porém, ao contrário do estudo das espécies terrestres, ou seja, em ambientes facilmente observáveis, as espécies marinhas são difíceis de seguir, e os obstáculos com que se deparam muitas vezes são invisíveis para os humanos.
Mesmo assim, usando tecnologias moleculares, dados de sensores, genéticos e satélites, os pesquisadores começaram a entender o que estava ocorrendo. Eles encontraram correlações entre as diferenças regionais de oceano e a quebra genética entre as populações de golfinhos de Moçambique e Tanzânia, na África, e Omã, na Península Arábica.
As duas regiões costeiras sem distinção genética detectada entre as populações de golfinhos, Moçambique e África do Sul, não tinham significativas diferenças ambientais. Mas eram diferentes da população de Omã e Tanzânia.
Os cientistas acreditam que as correntes oceânicas desempenham um papel importante na separação dessas populações. A corrente sul-equatorial, que vai para o oeste através do Oceano Índico, parece representar uma barreira entre as populações geneticamente distintas de Moçambique, Tanzânia e Omã.
A estação das monções também pode contribuir para que os pesquisadores disseram ser uma falta de migração para o sul (ou gene detectável de miscigenação) ao longo do litoral africano.
Os pesquisadores também descobriram que as diferenças de temperatura, clorofila, turbidez e matéria orgânica dissolvida coincidiram com as diferenças genéticas entre as populações de golfinhos.
O próximo passo da equipe é melhorar sua compreensão sobre como o ambiente marinho afetou a evolução desses animais.
Fonte: Hypescience