A protetora Nirinha estava em casa descansando quando começou a ouvir um miado. Passaram duas horas e a mulher não conseguia identificar de onde vinham os sons, então ela decidiu sair na madrugada do domingo (5) e descobrir onde estava esse gato que não parava de fazer barulho. A mulher acabou encontrando o animal numa altura de aproximadamente 15 metros, no museu de vidro do estádio do Maracanã.
A protetora ligou para pelo menos mais duas ativistas, que foram para o local. Juntas, elas acionaram o Corpo de Bombeiros, que rapidamente chegou no local da ocorrência. Porém, por se tratar de um lugar inacessível, eles não conseguiram realizar o resgate. Como o local em que o gato estava era muito alto, seria necessária uma viatura equipada com uma escada magirus.
Os bombeiros que atenderam ao chamado, disseram que para a saída dessa viatura é necessária uma autorização especial, pois esse carro é usado para ocorrências gravíssimas, como incêndios, e por conta disso é preciso solicitar o uso prioritário.
Enquanto isso, a gatinha de apenas um mês esperava seu salvamento. Sem escolha ou possibilidade de tirar o animal dessa zona de perigo, pois uma queda seria fatal, as protetoras fizeram contato com o secretário estadual de Agricultura do Rio de Janeiro, Marcelo Queiroz, responsável pelas políticas públicas de proteção e bem-estar animal na cidade.
Ao saber da situação, o secretário foi pessoalmente para o estádio verificar o cenário. No relógio, os ponteiros marcavam uma e meia da manhã quando ele chegou. Com muita agilidade, Marcelo entrou em contato com o comandante geral do Corpo de Bombeiros, Leandro Monteiro, explicando a seriedade das circunstâncias.
O comandante então autorizou o deslocamento de uma equipe com a escada magirus até o local para resgatar o animal. Em cerca de cinco minutos, os bombeiros conseguiram realizar o recolhimento da gatinha, que veio para o colo das protetoras, numa ação pontual dos agentes, que foram aplaudidos por quem estava no local.
As ativistas celebraram o salvamento. “Estamos aqui todos os dias, sol e chuva, alimentando esses gatinhos, e quando ouvi o miado, passei horas procurando, até que vi aquela coisinha pequena no alto do museu de vidro. Entramos em contato com o secretário Marcelo Queiroz que prontamente conseguiu com o corpo de bombeiros a escada magirus, e a Frida foi retirada de lá”, conta Nirinha.
Queiroz ficou com a gata, que recebeu das protetoras o nome de Frida. Ela já passou em consulta com o veterinário e está bem. “A gatinha é super carinhosa e realmente a situação foi assustadora. Gostaria de agradecer ao Comandante Leandro Monteiro e toda a corporação. A viatura com escada magirus chegou no local rapidamente e Frida está fora de perigo. Precisamos agora de uma família disposta a realizar a adoção responsável dela”, concluiu o secretário.