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Corpos de raposas em decomposição e cães passando fome são encontrados em fazenda de peles

24 de setembro de 2019
4 min. de leitura
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A ONG britânica Open Cages encontrou os animais presos em gaiolas imundas, assustados e famintos, sem qualquer cuidado ou comida


 

Foto: Andrew Skowron/Open Cages
Foto: Andrew Skowron/Open Cages

Cadáveres de raposas apodrecendo e diversos cães passando fome foram descobertos em uma fazenda de peles na Polônia, os ossos podiam ser vistos saltando sobre a pele dos corpos dos animais explicitamente maltratados.

Entre àqueles que ainda estavam vivos, raposas selvagens e cães domésticos, muitos estavam famintos, magros e presos em gaiolas imundas e enferrujadas em Chojnow.

“Ficamos chocados”, disse um investigador. “Foi assustador ver os animais tomados de tanto medo e angústia.”

A Open Cages, uma ONG britânica de bem-estar animal, estava investigando denúncias de crueldade animal, mas ficou surpresa ao encontrar abusos tão severos no que eles descrevem se tratar de uma fazenda de peles, segundo o Daily Mail.

Foto: Andrew Skowron/Open Cages
Foto: Andrew Skowron/Open Cages

Duas das gaiolas encontradas na fazenda continham cadáveres já em estado de decomposição trancados dentro delas, os ossos dos animais estavam visíveis através da carne apodrecida.

Dos animais que ainda estavam vivos, seis cães e quatro raposas foram resgatados e imediatamente atendidos por veterinários.

Uma segunda visita permitiu aos ativistas resgatar mais animais – até agora 21 foram salvos no total.

Os veterinários já reportaram que pelo menos uma das raposas precisará de amputação, devido aos abcessos graves e em estado avançado de infecção, presentes no pé do animal.

Foto: Andrew Skowron/Open Cages
Foto: Andrew Skowron/Open Cages

Um investigador explicou que manter raposas e cães em gaiolas apertadas – animais que naturalmente cobrem grandes distâncias – é excepcionalmente cruel.

“Para animais que são adaptados (geneticamente) para viajar longas distâncias todos os dias, viver em uma gaiola apertada é uma tortura”, disse ele.

Ainda não se tem a informação oficial do motivo pelo qual os cães estavam sendo mantidos na fazenda – ou se algum deles foi morto por seu pelo.

A investigação da fazenda continuará, com a esperança de que em breve o local seja fechado definitivamente.

Foto: Andrew Skowron/Open Cages
Foto: Andrew Skowron/Open Cages

Infelizmente condições terríveis como essa não são incomuns na indústria de peles que é responsável pela morte de milhões de animais todos os anos.

As fazendas de peles são proibidas no Reino Unido desde 2000, mas o bloco de países importou 75 milhões de libras em peles de fazendas estrangeiras em 2017.

Países como Áustria, Holanda, Eslovênia, Noruega, República Tcheca, Luxemburgo, Bélgica, República da Macedônia, Sérvia, Bósnia e Herzegovina, Polônia, Irlanda, Lituânia, Estônia e Ucrânia já proibiram as fazendas de pele.

Foto: Andrew Skowron/Open Cages
Foto: Andrew Skowron/Open Cages

Segundo a Open Cages, ONG responsável pela investigação localizada no Reino Unido, dois terços dos britânicos apoiam a proibição de importação de peles, mas como membro do mercado único da União Europeia, o bloco de países não pode proibir a importação de peles europeias.

Na Inglaterra o Brexit abre a oportunidade para o governo britânico proibir a importação de peles e a Opem Cages esta  pedindo vigorosamente ao governo que faça essa mudança.

Foto: Andrew Skowron/Open Cages
Foto: Andrew Skowron/Open Cages

Connor Jackson, CEO da Open Cages, disse: “Embora seja escandaloso ver cães dóceis e indefesos serem mantidos em gaiolas nas fazendas de peles, isso é uma realidade para raposas e visons animais que são aterrorizadas diariamente – até que sejam violentamente mortos e esfolados por sua pele e pelos.

“Apelamos à secretária de Estado para o Meio Ambiente, Theresa Villiers, para se comprometer com esse problema, como fez o Partido Trabalhista: use o Brexit como uma oportunidade para proibir a venda de peles no Reino Unido, antes que mais animais percam suas vidas nessa indústria cruel e ultrapassada”.

Foto: Andrew Skowron/Open Cages
Foto: Andrew Skowron/Open Cages

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