EnglishEspañolPortuguês

AMOR E CORAGEM

Corpo de cantor de 25 anos que pulou em rio para salvar cadelinha é encontrado em Cotia (SP)

7 de março de 2025
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Reprodução

O corpo de Luan Oliveira, um talentoso cantor de 25 anos conhecido como “Corre Kid”, foi encontrado na manhã desSa quinta-feira (6) em um lago na cidade de Cotia, na Grande São Paulo. Luan estava desaparecido desde a tarde de quarta-feira (5), quando demonstrou extrema coragem ao pular na água para salvar sua cadela, Zaira, que corria risco de afogamento. O animal conseguiu retornar às margens do lago, mas o jovem, infelizmente, não resistiu. Seu corpo foi localizado cerca de 19 horas depois por mergulhadores do Corpo de Bombeiros.

Amigos de Luan relataram que ele agiu de forma heroica, entrando no lago mesmo sem saber nadar, movido pelo amor e dedicação a sua cadelinha. Muga, um amigo próximo, compartilhou nas redes sociais que Luan deixou seu celular na beirada do lago antes de entrar na água. No aparelho, foi encontrado um vídeo gravado momentos antes do ocorrido, no qual é possível ver a cadela nadando em busca de uma garrafa pet, enquanto Luan grita: “Vem pra cá, volta!”. As imagens mostram a determinação do jovem em proteger sua companheira de quatro patas.

Luan, que já havia lançado cerca de 20 músicas em plataformas digitais, era conhecido por seu talento no estilo trap. Sua morte comoveu amigos, fãs e colegas da cena musical, que destacaram não apenas seu legado artístico, mas também seu caráter altruísta e corajoso. O artista Alvaflex, emocionado, descreveu Luan como um herói: “Ele entrou mesmo sem saber nadar num lago para salvar a sua cadela, a Zaira. Ele foi um anjo.” Já a criadora de conteúdo digital Isabela Machado lembrou: “Sua energia e suas músicas vão ficar guardadas com a gente para sempre.”

Foto: Reprodução/Redes sociais

O caso foi registrado na Delegacia de Cotia como morte suspeita, e o corpo de Luan foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para perícia. Enquanto isso, amigos e familiares expressaram indignação com a conduta de agentes da Guarda Civil Municipal durante as buscas. Alvaflex relatou um desentendimento com os agentes, que, segundo ele, demonstraram descaso e falta de empatia. “O sentimento que eu vi ali é que eles só queriam achar o corpo pra ir logo pra casa e encerrar, ser mais um caso e amanhã é outro dia. Sem nenhum valor”, desabafou. Ele também criticou a forma como pessoas de áreas periféricas são tratadas: “Nós somos números.”

A história de Luan Oliveira não apenas ressalta seu heroísmo e amor incondicional por sua cadela, mas também levanta questões importantes sobre a valorização da vida e a necessidade de um atendimento mais humano e dedicado por parte das autoridades. Sua coragem e altruísmo jamais serão esquecidos, e seu legado continuará vivo através de sua música e da memória daqueles que o admiravam.

    Você viu?

    Ir para o topo