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INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

Corpo da cadela de mulher acusada de matar filha e nora é exumado

Polícia Civil quer saber se animal também foi envenenado por Elizabete Arrabaça

12 de julho de 2025
3 min. de leitura
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Foto: reprodução/Terra

A Polícia Civil exumou o corpo da cadela de Elizabete Arrabaça, acusada de matar a filha e a nora envenenadas, para investigar se o ela também foi vítima de envenenamento; o laudo deve sair em 40 dias.

O Instituto Médico Legal (IML) realizou, na manhã desta quinta-feira, 10, a exumação do corpo da cadela que era cuidada por Elizabete Arrabaça, acusada de matar a filha e a nora envenenadas. A informação foi confirmada pelo advogado da família, Matheus Fernando da Silva.

A exumação foi feita na casa dos pais da professora de pilates Larissa Rodrigues, que era nora da acusada, em Ribeirão Preto (SP). Ao Terra, o advogado da família, Matheus Fernando da Silva, esclareceu que a cachorrinha era da filha de Elizabete, Nathália Garnica, que morreu em fevereiro deste ano.

A cadela Babi era cuidada tanto por Nathália quanto pela mãe, e faleceu em janeiro. A jovem sofreu um infarto um mês antes de Larissa, em 9 de fevereiro, e seu corpo também foi exumado. Os exames periciais apontaram que ela e a cunhada morreram por ingestão de “chumbinho”. Por isso, a defesa pediu a exumação do corpo da cadela para saber se há alguma relação com envenenamento. O resultado deve ficar pronto em até 40 dias.

Foto: Reprodução/Terra

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que demais elementos reunidos pela autoridade policial estão em análise para o completo esclarecimento dos fatos e a responsabilização dos envolvidos.

O advogado de Elizabete, João Pedro Soares Damasceno, confirmou à reportagem que participou da exumação. Ele esclareceu que os restos mortais da cadelinha serão encaminhados para São Paulo. A perícia pode concluir que houve ou não envenenamento e também pode dar como inconclusiva.

“Inconclusivo significa que não tem como comprovar que o cachorro não foi envenenado ou que foi envenenado, mas não dá mais para colher esse rastro do veneno. Na eventualidade do laudo vir positivo, cabe à Polícia Judiciária e o Ministério Público encontrar o vínculo dessa morte do cachorro envenenado com a Elizabete especificamente”, esclareceu.

Por enquanto, não há inquérito para investigar a morte de Babi. O procedimento deve ser instaurado somente se o laudo der positivo para envenenamento.

Relembre o caso

Elizabete e seu filho, Luiz Antonio Garnica, são acusados de envenenar e matar Larissa Rodrigues, em 22 de março. Na ocasião, ele chamou a polícia e relatou que chegou no apartamento onde morava com a esposa e a encontrou já desfalecida no banheiro.

Segundo o relato, ele a levou para a cama, onde passou a fazer procedimentos médicos de urgência. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte da jovem no local.

No entanto, após a investigação, a Polícia Civil indiciou o marido e a sogra pela morte da vítima. Os investigadores apontam que os dois agiram juntos e de forma premeditada. Ambos estão presos.

Segundo o advogado Matheus Fernando da Silva, até a chegada do laudo que apontou envenenamento por chumbinho como causa da morte da professora de pilates, a família de Larissa acreditava que o óbito teria ocorrido de forma natural.

Movimentou contas e colocou amante dentro do apartamento

médico levou a amante para morar no mesmo apartamento onde vivia com a vítima, dias após a morte da esposa, segundo denúncia do Ministério Público. A denúncia destacou também a postura fria do acusado logo após o feminicídio.

A conta bancária da vítima foi acessada, com a realização de saques e movimentações suspeitas, evidenciando a preocupação com o patrimônio e as vantagens financeiras obtidas com a morte, além da continuidade do relacionamento extraconjugal.

O Ministério Público apontou que o médico, ciente do desejo de Larissa de se divorciar, manteve-a sob seu domínio, ameaçou matá-la com uma injeção letal e, simultaneamente, planejou o envenenamento progressivo dela. Para isso, contou com o auxílio da própria mãe, que teria conquistado a confiança da vítima para concretizar o crime.

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