Em veterinária quando um animal come coisas que não deve, como “objetos”, “brinquedos”, “pedras” e outras maluquices dizemos que ele tem o “Apetite Depravado”, vendo as ultimas noticias sobre o coronavírus na China, me veio a mesma ideia a cabeça.
Percebi que lá culturalmente se come praticamente “todo ser vivo”, cachorro, gato, rato, morcego, insetos, etc… E o que podemos perceber é que existe dois tipos de consumidores, aqueles que passam fome e comem aquilo por que é a única coisa que tem para comer, e aqueles que escolhem comer aquelas coisas “estranhas” simplesmente por curiosidade e desejo de um sabor depravado e proibido.
Falando em “comidas estranhas” o que deve pensar um indiano ao ver-nos sacrificando e comendo um dos seus animais sagrados. Deve achar abominável, tanto quanto achamos horrível se comer um cachorro.
Antigamente na Europa os pobres costumavam ir a floresta coletar caramujos e os engordavam com restos de comida e depois os comiam, simplesmente tentando obter um pouco de proteína, hoje o “Scargot” é um dos pratos mais chiques do mundo. Da fome ao apetite depravado.
Agora sofremos mais uma epidemia, fruto da alimentação insana da humanidade e de sua ganância. Fruto dos curiosos e depravados apetites que a todos querem dominar e… comer e fruto da ganância , que coloca pessoas em um desespero de pobreza e fome tão grande que leva a comerem “o que veem pela frente”.
O mais interessante disso tudo é como “tudo retorna a sua fonte” …
Hoje, aqueles que provocam a fome, ou mesmo aqueles desejosos de sabores exóticos tremem perante uma epidemia global fruto de anos e anos de descaso…deles mesmos em relação aos animais e em relação aos mais pobres de sua própria espécie.
Suas ações agem e se acumulam até um ponto onde tem força suficiente para voltarem a sua fonte e atacarem seus criadores.
Quem sabe um dia o homem assuma a posição de guardião de seus irmãos, humano e animal, e retirando da alimentação carnívora os milhões de grãos e vegetais utilizados na produção de carne os distribua na forma de pão acabando com a fome do mundo e com os sofrimento de milhões de vidas humanas e de animais.
“Porque o que acontece aos filhos dos homens, isso mesmo também acontece aos animais; a mesma coisa lhes acontece. Como morre um, assim morre o outro. Todos têm o mesmo fôlego, e nenhuma vantagem têm os homens sobre os animais. Tudo é vaidade” (Eclesiastes 3.19).