Por Giovanna Chinellato (da Redação)
Colaborou Guilherme Carvalho
Parece filme de terror, mas é real. Oficiais da Coreia do Sul estão amontoando porcos dentro de caminhões, jogando-os aos milhares em valas e enterrando-os vivos.
A atrocidade é justificada como uma tentativa de controlar uma doença que afeta pés e boca, para a qual já existe uma vacina acessível que o governo inexplicavelmente se recusa a usar.
Desde que o primeiro caso de febre aftosa foi confirmado, em novembro, o país deu início a um plano de extermínio em larga escala.
A febre aftosa afeta todos os animais com cascos, tais como suínos, bovinos
e caprinos, e qualquer país que tenha casos da doença não pode exportar as
carnes.
O governo sul-coreano tem se recusado a vacinar porcos contra a doença e
agora os está eliminando a uma grande velocidade, apesar dos apelos para
que o país cesse esta crueldade.
Mais de 34 mil porcos estão sendo mortos diariamente. Se essa matança cruel continuar, o número de vítimas pode ultrapassar a casa dos milhões. Até agora foram enterrados vivos quase 1,5 milhão de porcos.
Os porcos, vivos, estão sendo arremessados nas covas de uma grande altura
O custo estimado das operações de extermínio até o momento atinge a casa
dos £ 230 milhões enquanto um programa de vacinação em massa teria um custo estimado de £ 63 milhões.
Ativistas pelos direitos dos animais têm criticado o governo por colocar
questões econômicas acima do respeito aos animais. Acredita-se que o
extermínio já está ocorrendo desde o natal e que o número de animais
mortos deve ultrapassar a marca de um milhão.
O diretor da Compassion in World Farming (CIWF) Philip Lymbery e outras
organizações de proteção animal enviaram uma carta à embaixada coreana
em Londres pedindo o cessar imediato de qualquer enterro de animais vivos
que possa estar acontecendo.
Este extermínio execrável é provavelmente um dos piores casos de
crueldade em massa contra animais da nossa história. Está correndo uma
petição da Care2 exigindo o fim desta atrocidade.