Cachoeirinha já está colocando em prática uma ação para o bem-estar dos cães da cidade que, ao mesmo tempo, permite um maior controle sobre a população animal local. Uma parceria da ONG Onda com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), garante, além da castração, a implantação de chips nos cachorros com informações sobre o animal.
Quem é o tutor, qual a raça, a idade, o histórico de vacinações, o estado de saúde, entre outros dados, ficarão armazenados neste chip e poderão ser consultados em caso de perda ou abandono do animal. O dispositivo é do tamanho de um grão de arroz e implantado sob a pele do animal, de forma indolor, por um veterinário na clínica da ONG.
“Como o animal já estará anestesiado para fazer a castração, achamos por bem aproveitar o momento para colocar o chip”, explica a presidente da Onda, Karen Scheid.
Castração e chipagem são serviços gratuitos
O serviço é gratuito e disponível a todos os cidadãos da cidade que tenham cães, além dos cachorros recolhidos das ruas pela ONG e colocados para adoção. Nesta primeira etapa do projeto, os bairros mais carentes de Cachoeirinha serão os primeiros a ter seus animais cadastrados e chipados, uma vez que, lá, existe maior número de cães por residência. Em seguida, o serviço irá contemplar todos os bairros da cidade. A estimativa é de que cem animais sejam castrados e chipados por mês.
O processo funciona da seguinte maneira: uma equipe da SSMA vai até o bairro e realiza, previamente, um cadastro para que, após, os cães sejam recolhidos, levados até a Onda e, lá, sejam castrados e chipados. Os cães permanecem em observação na clínica por um dia e, depois, são devolvidos aos seus tutores.
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Fernando Medeiros, o principal foco dessa ação é a posse responsável.
Abandono de cães deve diminuir
Segundo ele, com o animal chipado, o número de abandonos e de maus-tratos deverá sofrer uma redução significativa, uma vez que o tutor encontrado ou denunciado responderá judicialmente pelo fato. No caso de cães comunitários, o procedimento é o mesmo, pois sempre há alguém na rua ou no bairro que acolhe e cuida do cão.
“Muitos cães na cidade têm casinha na rua, comida e água. Da mesma forma, terão o chip para que não migrem a outro bairro”, explica Fernando.
Fonte: Clic RBS