Os esforços e procedimentos para manter viva a baleia jubarte que encalhou novamente em Capão Novo, no Litoral Norte do RS, são máximos. Porém, a expectativa de especialistas em relação à sobrevivência do animal é mínima.
— A chance desse animal diminui a cada hora — afirma o veterinário Milton Marcondes, do Instituto Baleia Jubarte.
— Esses casos são sempre complicados. Tem de saber primeiro o porquê de ela ter encalhado, se não conhece o motivo, você devolve ela pro mar e ela encalha de novo. Já tivemos um caso em que o animal encalhou três vezes antes de morrer. Estava até com areia nos pulmões — completa o profissional, que trabalha com animais marinhos há 10 anos.
Nesta manhã, apesar de todo o esforço e da mobilização de biólogos, da Patrulha Ambiental da Brigada Militar e bombeiros, a baleia jubarte que foi desencalhada na tarde ontem (24) apareceu novamente presa ao banco de areia na praia de Capão Novo. Marcondes virá ao Estado acompanhar os procedimentos no Litoral Norte.
— Acompanhei desde ontem o processo com o pessoal do Ceclimar. O pessoal conseguiu fazer um trabalho maravilhoso, mas sei que esses casos são complicados — relata o veterinário.
Segundo o veterinário e coordenador de pesquisas do Instituto Baleia Jubarte, Milton Marcondes, o último caso de uma baleia jubarte resgatada com vida ocorreu no ano 2000 em Ubatuba (SP). Outros casos foram em 1998 em Florianópolis e em 1992 em Saquarema (RJ).
Marcondes chega ao Estado ainda hoje, por volta das 18h, quando irá direto para Capão Novo. Não está descartada a hipótese de o animal ser sacrificado.
Fonte: Pioneiro
