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Continua busca pelos criminosos responsáveis por matar dez javalis em zoo do RS

25 de junho de 2009
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Foto de vários javalis confiandos em zoo no RSA costumeira tranquilidade da manhã no zoológico de Sapucaia do Sul foi quebrada na manhã de ontem (24) pela morte de dez javalis. De acordo com a direção do parque, ladrões teriam invadido a área durante a madrugada e matado os animais para furtar a carne e o couro. O crime foi descoberto no começo da manhã, quando um dos vigilantes estranhou o silêncio no espaço onde ficavam os javalis. Ao ir conferir a situação, descobriu que os bichos haviam sumido e encontrou rastros de sangue e vísceras junto a árvores próximas do recinto destinado a eles. A equipe da 1.ª Delegacia de Polícia de Sapucaia foi chamada e está investigando o caso.

A direção do zoo confirmou que os javalis mortos seriam vendidos hoje de manhã para um criadouro do interior do Estado ao preço de 100 reais o animal. Eles teriam entre 35 e 40 quilos cada, podendo resultar em mais de 200 quilos de carne. O vigilante Ademar dos Reis Antunes, da empresa terceirizada que auxilia a guarda própria da instituição na segurança, foi quem descobriu a ação dos ladrões. ‘‘Até a troca de turno de ontem (terça-feira) estava tudo normal. Durante a madrugada ninguém ouviu nada e retomei meu posto às 7 horas. Por volta das 7h50 passei por aqui e estranhei o silêncio. Parei para dar uma olhada e logo encontrei marcas de sangue’’, afirmou Antunes.

Na manhã de ontem investigadores da Polícia Civil estiveram analisando o local. A polícia identificou uma cerca cortada e rastros de sangue e de passos de mais de uma pessoa na área entre o espaço dos javalis e o muro que divide o território do parque com a Rua Carioca, que também tinha poças de sangue tanto no lado do zoológico quanto da rua.

Venda

O diretor executivo do zoo, engenheiro agrônomo João Carlos Corrêa Jardim, destacou que o local dos javalis é mais visado por ser mais afastado do resto do parque e próximo ao muro. ‘‘Não é a primeira vez que temos ocorrências desse tipo e acredito que essa carne seja para consumo próprio dos ladrões e venda entre a comunidade. Os animais estavam prestes a serem encaminhados para a venda, pois estávamos com excesso de população e mantemos essa prática quando há exemplares a mais do que podemos comportar.’’

Jardim destacou que a vigilância passa no local seis vezes no período entre 19 e 7 horas, horários em que houve o crime. Ele afirmou que solicitou para empresa a lista dos vigilantes de plantão e os relatórios de trabalho. ‘‘Vamos aumentar a segurança. O posto do horto florestal, que está sendo assumido pela Brigada Militar, será transferido para cá. Além disso, o sistema de câmeras passará a funcionar essa semana e vamos fazer uma rua para carros rente ao muro por onde os ladrões entraram e saíram.’’

Polícia Civil atribui crime contra os animais a venda ilegal

O chefe do Setor de Investigações da 1.ª Delegacia de Polícia de Sapucaia, Marcelo Dias, disse que o caso foi registrado como furto de animais e que até a tarde de ontem não havia suspeitos. ‘‘O pessoal esteve no local hoje (ontem) pela manhã e já colheu informações sobre o caso. Vamos fazer as diligências necessárias, ouvindo pessoas do zoo, da empresa de vigilância e da comunidade próxima se necessário. Pela quantidade de animais abatidos, a hipótese mais provável é de comercialização dessa carne.’’

(Com informações do Diário de Canoas / Foto: Carlos Félix/GES-Especial)

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