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Consumo de carne está impulsionando os ursos polares a comerem golfinhos

19 de abril de 2018
2 min. de leitura
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A maioria das pessoas já ouviu falar sobre o fenômeno da mudança climática global devido os impactos das ações humanas na natureza. Há muito tempo, os cientistas do clima vêm nos alertando que nossos níveis atuais de emissões de gases de efeito estufa são profundamente insustentáveis ​​e têm o poder de alterar irrevogavelmente a capacidade da Terra de sustentar a vida.

Os oceanos absorvem aproximadamente um terço do dióxido de carbono produzido pelas indústrias, o que os levou a se tornar 30% mais ácidos desde os dias da Revolução Industrial. Isso tem graves implicações para os animais, plantas e outras formas de vida que habitam dentro deles. Além disso, 8,6 milhões de acres das calotas polares do mundo derretem todos os anos e, à medida que as temperaturas globais continuam a subir, esse problema poderá aumentar.

Os fotógrafos de vida selvagem Samuel Blanc e Agnès Brenière, da Horizons Partagés, deixaram bem claro o que o derretimento das calotas polares da Terra significa para as criaturas que dependem delas neste quadro trágico que mostra um urso polar consumindo um golfinho.

Golfinho sendo comido por urso polar.
Urso polar comendo um golfinho. (Foto: Samuel Blanc)

A solução para esse grave problema está na forma como nós escolhemos o que colocar no prato. Embora as emissões de carbono de grandes indústrias, como o carvão e o petróleo precisem ser regulamentadas, como indivíduos temos a oportunidade de começar a reduzir a quantidade de carbono.

É possível fazer pequenas mudanças todos os dias, como optar por andar de bicicleta para o trabalho ao invés de dirigir, organizar lixeiras para resíduos de plástico e até mesmo tendo em mente o impacto de suas escolhas de consumo. Além disso, há outra solução que pode ter um impacto extremamente positivo para o planeta e, talvez seja a mais simples: mudar os hábitos de alimentação.

A agricultura animal é responsável por pelo menos 14,5% das emissões globais de gases de efeito estufa (algumas organizações, como o Worldwatch Institute, acreditam que esse número pode chegar a 51%), consumindo a maioria dos recursos de água doce do mundo. Todo o tempo, esta indústria também é responsável pela poluição excessiva do ar e da água, bem como o desmatamento em massa.

Um único acre de floresta tropical pode armazenar até 200 toneladas de dióxido de carbono, mas essas florestas estão sendo destruídas e ecossistemas devastados em uma escala exorbitante para dar lugar a agricultura animal. Sem dúvida: cada escolha que fazemos tem um efeito dominó no meio ambiente, e é nossa responsabilidade garantir que esse impacto seja positivo.

A escolha por alimentos à base de vegetais ao invés de produtos de origem animal, pode reduzir a produção de carbono pela metade e economizar cerca de 200 mil galões de água por ano. Se todos os EUA implementasse um sistema alimentar livre de crueldade animal, seria possível alimentar 2 bilhões de pessoas famintas ao redor do mundo. Sem mencionar que os vulneráveis ​​ursos polares do mundo teriam, uma chance maior de lutar pela sobrevivência.

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