Por Marcela Couto (da Redação)
O Serviço pela Vida Selvagem e Marinha dos EUA está levando em consideração um pedido de grupos ambientalistas para expandir as área de habitat dos peixes-boi (manatis) na Flórida e na Geórgia. Mas parece que a Marinha americana teme que mais habitat protegido para os peixes-boi possa significar menos espaço para desenvolver ações militares.
A costa dos dois estados abriga diversas instalações navais, incluindo a Pensacola Naval Air Station, onde os aviadores da 2ª Guerra Mundial foram treinados.
Embora a Marinha afirme não se opor à expansão de áreas protegidas, há clara resistência contra qualquer aumento que pareça “excessivo” e prejudique as atividades navais.
“Os manatis e seus habitats envolvem as áreas de treinamento e operações navais”, diz a carta do diretor de programas ambientais da Marinha, C. R. Destafney. “Treinamentos da Marinha envolvem atividades essenciais para manter a proficiência das missões em áreas como desenvolvimento de minas, combate eletrônico e segurança marítima.”
Dentre as principais preocupações da Marinha está a segurança dos submarinos que circulam em uma região muito próxima à área protegida.
Chuck Underwood, porta-voz do serviço de vida selvagem, afirmou que qualquer expansão que seja conquistada para o habitat dos manatis será certamente uma pequena fração do que realmente propõem os defensores dos animais ameaçados.
Os oficiais não querem proteção para um mamífero marinho, por mais amável que ele seja, afinal podem comprometer a inviolável segurança de submarinos cheios de armas nucleares que se aproximam da costa e outras atividades “fundamentais”, como desenvolvimento bélico e estratégias de combate.
Se a petição seguir adiante, aumentarão ainda mais as tensões entre os militares e conservacionistas, que já vivem em disputa há anos nos EUA.
Com informações de Los Angeles Times