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Conselho de Saúde de Itajaí (SC) questiona castração de animais pelo SUS

13 de julho de 2015
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Foto: Reprodução / RBS TV
Foto: Reprodução / RBS TV

O Conselho de Saúde de itajaí, na região do Vale, questionou os gastos da Secretaria da Saúde do município com o canil municipal. Na cidade, dinheiro proveniente do Sistema Único de Saúde (SUS) era utilizado para a castração de animais, que gastava até 58 mil reais por mês com o canil. Agora, essa conta deve ser dividida com Fundação do Meio Ambiente de Itajaí (Famai), como mostrou a reportagem da RBS TV.
Há duas semanas, os veterinários do canil não realizam nenhuma castração. O local já chegou a fazer 15 procedimentos por dia. Com isso, são cerca de 300 cirurgias por mês, feitas em cães e gatos trazidos pela comunidade ou recolhidos pelo próprio canil. Atualmente, 200 animais estão no abrigo.
Quase toda semana chegam ninhadas, principalmente de cães. Apenas os castrados são encaminhados para doação.
Segundo a Vigilância Epidemiológica, as castrações não são procedimentos emergentes, e sim para controle populacional de animais. “Nós achamos importante uma tratativa junto à Famai, onde tem a Diretoria do Bem-Estar Animal, pra que eles assumissem os animais vítimas de maus-tratos, abandonados, aqueles que não são acometidos por zoonoses”, disse a coordenadora Vigilância Epidemiológica, Rachel Marchetti.
Enquanto a a Secretaria de Saúde e a Famai não assinam um acordo, a secretaria ainda está responsável pela reserva de medicação destinada aos animais atropelados ou aos que tenham que passar por cirurgia urgente, informou a Vigilância.
“A parte de Recursos Humanos será paga por nós da Saúde, em torno de R$ 26 mil, e os outros R$ 26 mil serão repassados pela Famai para o Fundo Municipal da Saúde. No período de quatro meses, serão feitos os processos licitatórios pela Famai na parte de acolhimento e nós entraremos com a mão de obra para dar continuidade às castrações”, conta o secretário de Saúde do município, Osvaldo Gern.
Desde de dezembro de 2014, um portaria federal do Ministério da Saúde determina que as verbas públicas destinadas à saúde não podem ser usadas para causas animais, apenas quando a doença dos animais pode prejudicar as pessoas.
“Mantendo os animais da comunidade castrados nós vamos estar diminuindo a quantidade de animais na rua. Evitando os animais na rua a gente também evita a proliferação de algumas doenças, e uma das principais é a raiva. A raiva ainda é fatal e pode retornar ao nosso convívio, pode retornar as nossas cidades”, diz o veterinário Denilson Vieira da Silva.
Fonte: G1

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