O Conselho Municipal de Meio Ambiente negou o pedido da Acipa (Associação Cidadã de Proteção aos Animais) de recursos para o pagamento das vacinas dos animais. Os voluntários não sabem como pagarão as despesas da ONG (Organização Não-Governamental).
A imunização dos animais abrigados é um dos itens exigidos em um processo de seleção que a Acipa participa. Se escolhia, a entidade receberá doações regulares de ração para os cachorros abrigados, o que ajudaria nas contas.
Sem dinheiro para bancar as doses, os voluntários da associação recorreram ao conselho para vacinar os 125 animais. “Estávamos confiantes de que conseguiríamos. Pediram até para que apresentássemos orçamentos”, afirma Laurenice Veloso, voluntária da Acipa. O menor valor encontrado foi de R$ 2.350.
O que mais revoltou os voluntários foi a aprovação do conselho da compra de três veículos. “O dinheiro do fundo não pode comprar as vacinas, mas pode comprar três carros de passeio?”, questiona a voluntária.
A informação que a associação recebeu é de que o repasse só poderá ser feito depois de firmado um convênio com a Secretaria de Meio Ambiente. Para isso, é necessária a elaboração de um plano de trabalho, que precisa ser aprovado pelo Executivo e pelo Legislativo. “Infelizmente, é um trâmite demorado, não podemos esperar muito tempo”.
Outra preocupação é com o pagamento do aluguel da nova sede da entidade, para a qual se mudou quinta-feira. “Dessa forma corremos o risco de ficar sem dinheiro até para o aluguel. Teremos de fazer uma ‘vaquinha’ entre os associados”. O aluguel custa R$ 500.
A associação pede a ajuda da comunidade para conseguir vacinar os animais e permanecer na disputa pela vaga no projeto Adotar é Tudo de Bom. “Precisamos de 260 doses de antirrábica e de V11, podem ser marcas nacionais”, pede Laurenice.
Segundo Elmo Rowe Júnior, representante da Secretaria de Meio Ambiente no conselho, o repasse só poderá ser feito com a inclusão da Acipa na Lei Orçamentária. “Como estão sugerindo, não tem como repassar verba para a ONG”.
A associação terá de formular o convênio com a Secretaria de Meio Ambiente, que depende de aprovação da Câmara de Vereadores. “O conselho ficou de enviar um pedido de urgência para a Secretaria de Meio Ambiente”, diz Elmo. Ficou agendada para segunda-feira uma reunião para que a parte legal do convênio já comece a ser providenciada.
A reportagem do Hoje não conseguiu contato com a presidente do conselho, Jussara Hickson.
Fonte: Jornal Hoje