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Conscientização das pessoas sobre direitos e necessidades dos animais ainda precisa evoluir

26 de setembro de 2011
3 min. de leitura
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Por Marta Correia

Sempre existiram animais de rua, e as pessoas mais sensíveis, e mais conscientes, os trata e defende todos os dias das enormes atrocidades que estes seres são vítimas.

Infelizmente, ainda há pessoas que pensam que os animais só comem restos e ainda há aqueles que nem pensam que os animais têm fome.

Tem-se travado uma luta desigual entre aqueles que os vêm como seres sencientes e aqueles que crêem que os animais não sentem dor, fome, frio, como se os animais, em especial os mamíferos, não tivessem terminações nervosas, não tivessem cérebro ou estômago.

Cada vez mais, os animais domésticos (cães e gatos), são utilizados a favor da sociedade civil, como guias para pessoas com deficiência, como terapeutas para pessoas com câncer, autismo, depressão, entre outros, como forma de proteção das populações, sendo usado como ferramenta na manutenção da ordem, detecção de drogas, explosivos, descoberta de cadáveres, busca e salvamento, e mais recentemente, como detectores de cêncer ainda em estado primário, não detectáveis aos olhos da medicina, o que tem salvo muitoas vidas.

Os animais são seres sencientes, ou seja, são seres vivos com capacidade de entendimento do que se passa ao seu redor. Senciência é a “capacidade de sofrer ou sentir prazer ou felicidade”.

Um animal na vida de uma pessoa é fundamental para o desenvolvimento intelectual, emocional e social, sendo muitas vezes a única companhia para pessoas idosas, e o único elo com a sociedade por parte dos sem abrigo.

Custa muito caro, existir ainda atentados criminosos contra estes seres. Em Portugal, ainda não é considerado crime os maus-tratos a animais, que compreende todo o tipo de violência possível e imaginável, desde esfaqueamentos, violações, queimaduras com ácidos, afogamentos, mutilações variadas, etc..

O trabalho das Associações de defesa animal não é reconhecido pela sociedade, o que é lamentável, pois são as mesmas associações, que vivem de voluntariado e da caridade, que todos os dias sofrem com tais abusos insanos por parte de membros da sociedade.

Nos Estados Unidos da América, o FBI apresentou um estudo, como forma a encontrar ou determinar psicopatas ou serial killers, sendo que o mesmo refere que alguém que maltrata um animal, fará o mesmo a uma pessoa, alguém que mate um animal, matará uma pessoa, tudo porque o grau de violência nesse individuo, tende a escalar.

Por isso, não é de se espantar, hoje em dia, a perversidade dos crimes praticados em Portugal, a constatar pelo histórico de abusos praticados contra animais.

A sociedade civil, tem de evoluir neste campo, temos de proteger estes seres vivos, que sempre conviveram connosco, contra a discriminação e abusos.

Não se pode entender porque ainda há pessoas que pensam que não se deve alimentar um animal de rua, pois ao não o fazermos, estamos a contribuir para que estes, além de andarem subnutridos e doentes, possam atacar pessoas e outros animais, simplesmente porque têm fome.

Não podemos aceitar de forma alguma, a discriminação que se faz, pois se alguma pessoa tiver fome, basta ir a um centro e é alimentada, se tiver dor, basta ir ao hospital, se for alvo de violência, chama-se as autoridades, ao invés dos animais, que são escorraçados dos restaurantes, que não têm quem os auxilie na violência nem na dor, à exceção se forem levados ou auxiliados por humanos.

E tudo isto nos faz lembrar o que um grande homem da nossa história escreveu:
“A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo como os seus animais são tratados” – Mahatma Gandhi

Fonte: Barlavento

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