Os casuares-do-sul são aves magníficas de serem vistas. No entanto, toda essa beleza pode não durar tanto tempo, pelo menos não se as coisas continuarem como estão, isso porque eles acabaram de entrar na lista de animais ameaçados de extinção.
O casuar-do-sul é uma ave nativa da Oceania que pode atingir mais de 1,5 metros de altura e mais de 60 quilos. Ele possui garras afiadas, pescoço azul neon e uma crista alta e marrom que parece um topete.
Esses animais se irritam muito facilmente e quando zangados vão com tudo para cima do seu oponente, sejam animais, seu reflexo em portas e vidros e até mesmo humanos. Na verdade, sua posição de ave mais perigosa do mundo é devido aos muitos ataques desses pássaros a humanos.
Apesar de um casuar-do-sul ter até mesmo matado um homem em 2019, a presença humana em seus habitats é mais perigosa para essas aves do que o contrário, resultando em sua entrada na lista de ameaçados de extinção em um relatório de 2023.
O casual-do-sul é como um jardineiro
Atualmente estima-se que existam apenas 4 mil casuares-do-sul adultos espelhados pela natureza, e esse número só tende a cair. Ações como a perda e fragmentação do seu habitat natural, ataques de cães e principalmente a colisão com veículos são as principais causas de morte desses animais.
A perda desses animais possui um impacto na diversidade de seu habitat natural. Isso porque os casuares-do-sul atuam como jardineiros, comendo frutos e redistribuindo suas sementes em fezes pelos quilômetros onde andam. No entanto, a diferença dessas aves para outros animais é que elas são as únicas que conseguem distribuir cerca de 70 sementes, que são consideradas grandes.
Para tentar aumentar a população desses pássaros, o governo australiano tem tentado implementar algumas medidas em um plano nacional de recuperação que visa trabalhar com grupos indígenas e protetores. As medidas incluem:
- Recomprar terras para criar corredores de vidas selvagens;
- Sinalizar rodovias de forma mais eficaz para evitar colisões;
- Educar donos de cachorros para evitar ataques.
Existem algumas dúvidas quanto a eficácia do plano, mas espera-se que estejamos indo na direção certo para a preservação do casuar-do-sul.
Fonte: Olhar Digital
